O Provocações de hoje recebe o médico psiquiatra Luís Fernando Tófoli, que fala com Antônio Abujamra sobre as drogas, a indústria farmacêutica, os distúrbios psiquiátricos e a relação entre médico e paciente.
Sobre a internação forçada de pacientes dependentes químicos, o psiquiatra expõe sua opinião: "eu concordo que pessoas em situação de risco de vida precisam ser internadas involutariamente sim, claro, é pra cuidar delas. O que não é possível é entender, é confundir o cuidar da pessoa com faxina social...."
Provocador, o psiquiatra Luís Fernando Tófoli comenta que as bulas de remédios foram feitas de certa maneira para proteger a indústria farmacêutica, em primeiro lugar. "Elas estão lá pra dar certo alívio e certa segurança jurídica. O que a gente pode dizer é que nem sempre a gente consegue prever todos os efeitos que o medicamento vai dar numa determinada pessoa. Não se trata de uma ciência exata, então a gente tem nessas bulas essas informações, que parecerem ser absurdas que parecem contraditórias que de certa forma são. Evidentemente estamos falando de situações de exceção. E mais uma vez a questão não é simplesmente o remédio que se passa ou a expectativa tão somente que a pessoa tem, mas o diálogo entre o paciente e a pessoa que está em sofrimento".
Além das drogas regulamentadas da indústria farmacêutica, Luís Fernando Tófoli fala sobre a utilização do Daime, derivado da planta Ayahuasca, com propriedades alucinógenas: “É um chá, um líquido que é preparado de duas plantas amazônicas e que tem propriedades de expansão da consciência. [...] Dentro do campo da ciência a ayahuasca é classificada como um alucinógeno. Mas o que se sabe das comunidades que fazem uso da ayahuasca e o por que elas fazem uso da ayahuasca é porque a ayahuasca lhes traz uma capacidade de olhar pra si mesmo, uma capacidade de perceber suas próprias atitudes, em algumas vezes ser capaz de corrigi-las”.
Não perca o Provocações!
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
