Neste Resisitr é Preciso você vai ver que, de repente, a imprensa alternativa se multiplicou. As mulheres, que quase não conseguim espaço na mídia, começam a trabalhar nos jornais alternativos, em 1975, e depois passam a editar seus próprios jornais. Esses também sofrem "rachas". De "Brasil Mulher" saem "Nós, mulheres" e "Maria Quitéria", e daí por diante.
Também surgem os jornais do movimento negro. Do gaúcho "Tição" ao paulista "Jonegro" e ao carioca "Sinba". Em defesa dos índios, surge "Porantim", que circula ainda nos dias de hoje.
Em 1978, surge "Lampião", feito por jornalistas homossexuais e que trata abertamente de homossexualidade. Também florescem os órgãos da contra cultura, como "Beijo", "Radice", "Flor do Mal", "Verbo Encantado" e outros mais.
O episódio mostra que mesmo os partidos políticos obrigados à clandestinidade também ousam fazer jornais. É nessa época que surgem o "ABCD Jornal" e "O Trabalho". Um racha em "Movimento" produz "Em Tempo", que também racha e surge "Hora do Povo", do MR-8.
O PCdoB também manda às bancas seu jornal legal, o "Tribuna da Luta Operária". Logo depois, o PCB coloca em circulação "Voz da Unidade".
Além de novos jornais, outros ressurgem, especialmente entre os sindicatos. Também se multiplicam os jornais de apoio ao movimento pela anistia, que é conquistada em 1979.
A imprensa alternativa registra festivamente a volta dos exilados políticos.
Direção: Ricardo Carvalho
Produção: Pablo Torrecillas e Rodrigo Castellar
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