Em todo o país, crianças, adolescentes e jovens em situação de risco pessoal e social exigem políticas públicas capazes de garantir a proteção preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas a realidade brasileira mostra que, quando não ausentes, essas políticas são bastante precárias.
O episódio da série Sábados Azuis: Histórias de um Brasil que dá certo tem como temática o "Brasil Saudável" e vai mostrar o trabalho da Associação Lua Nova, organização não governamental localizada em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo.
Inspirada em uma bem-sucedida experiência italiana, a associação foi criada em 2000 pela psicóloga Raquel Barros, e atende jovens mães e seus filhos em situação de vulnerabilidade social. Ela acolhe as mulheres em um abrigo, ambienta e capacita-as para o mercado de trabalho, preparando-as em todos os níveis: educacional, social, comportamental.
As jovens geralmente chegam grávidas, muitas vezes vítimas de estupro de familiares próximos ou depois de terem passado grande parte de suas vidas consumindo ou vendendo drogas, sofrendo abusos e exploração sexual nas ruas.
Na instituição, as adolescentes começam a aprender como reconstruir suas vidas, tijolo por tijolo. Recebem afeto, acolhimento e atenção para conseguirem superar traumas e dar aos seus filhos o amor que nunca tiveram. Dividem as tarefas domésticas com as outras colegas, voltam a estudar e são capacitadas para gerar renda. Depois de um tempo, elas se tornam multiplicadoras, auxiliando na recuperação de outras mulheres.
Existem vários setores criados para garantir a essas mulheres a formação e a reinserção no mercado de trabalho. Um exemplo é o de Edna Santos Lima, funcionária da associação, ex-beneficiária do projeto. Ex viciada em crack e vítima de estupro, hoje trabalha na padaria e como educadora.
Outro caso é o de Ana Lúcia, 28 anos. Ela chegou à Lua Nova grávida do segundo filho e com problemas com o uso de drogas. Hoje é mestre de obras, formada pela associação, e já construiu sua própria casa.
Ester engravidou aos 15 anos, foi expulsa de casa e se tornou moradora de rua até ser acolhida. Hoje seu filho tem cinco anos e ela trabalha no escritório da associação.
Thais, vítima de violência doméstica, chegou grávida e teve muita dificuldade em aceitar o filho e criar vínculos afetivos com ele. Hoje tem boa relação com a maternidade e vive em um dos condomínios construídos pelas jovens da associação.
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