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Samba da Serrinha

Episódio celebra a relevância cultural do Morro da Serrinha

Samba na Gamboa

No AR em 21/09/2018 - 21:45

A forte musicalidade presente no Morro da Serrinha e adjacências é o tema deste episódio do Samba na Gamboa. Pretinho da Serrinha e Zé Luis do Império são os convidados de Diogo Nogueira para cantar a relevância cultural da comunidade e abordar que elementos fazem do local, que abrange os bairros de Oswaldo Cruz e Madureira, um celeiro de talentos e um polo de resistência de manifestações artísticas populares. 

Confira trecho deste episódio

A Serrinha está localizada próxima à divisa com Vaz Lobo, zona norte do Rio. A comunidade é conhecida por ser o berço das escolas de samba ‘Prazer da Serrinha’ (extinta) e ‘Império Serrano’, a qual, apesar de não ter mais sede na localidade, mantém com ela forte ligação. A Serrinha nasceu com a abolição da escravatura, já tendo contado com uma comunidade de sírios em seu sopé, vindos da segunda leva de imigrantes e aportando aqui nos anos 1920. 

Diogo Nogueira recebe Pretinho da Serrinha e Zé Luis do Império no Samba na Gamboa
Diogo Nogueira recebe Pretinho da Serrinha e Zé Luis do Império no Samba na Gamboa - Reprodução/TV Brasil

Apesar de nascido em Santa Teresa e de ter passado parte da infância em Pilares, a forte identificação de Zé Luis do Império com a escola que carrega no nome artístico faz dele um apaixonado pela Serrinha. Líder da Velha Guarda do Império Serrano, Zé Luis é coautor de sambas nacionalmente cantados, como "Todo Menino é um Rei", com Nelson Rufino, na voz de Roberto Ribeiro, além de "Malandros Maneiros" (também com Ribeiro), "Eu Não Fui Convidado" e "Minha Arte de Amar" (Fundo de Quintal). Ao lado do parceiro Nei Lopes, emplacou "Nosso Nome: Resistência" e "Dona Zica, Dona Neuma", cantadas por Alcione.

Já Pretinho da Serrinha é autêntica cria da comunidade de Madureira. Foi na Serrinha que ele começou a trilhar sua precoce relação com o samba. O hoje arranjador, cantor, compositor e instrumentista comandava a bateria do Império Serrano com apenas 10 anos de idade. Aos 13 já viajava para tocar profissionalmente. Depois de integrar a banda de Seu Jorge, com quem posteriormente compôs grandes hits como “Burguesinha”, “Mina do condomínio” e “A doida”, Pretinho integrou a banda “Trio Preto +1”, partindo anos depois para a carreira solo em ascensão. 

Em comum, além do profundo vínculo afetivo com a Serrinha e as adjacentes Oswaldo Cruz e Madureira, Pretinho da Serrinha e Zé Luis do Império representam duas gerações de um amor às raízes mais autênticas do samba. Para Diogo, eles contam um pouco sobre a importância do Jongo, ritmo ancestral de cunho religioso considerado ancião do samba, revelando como a Serrinha é dos poucos lugares onde a tradição se mantém, sendo renovada através de um trabalho reconhecido como patrimônio imaterial. Os convidados também falam de sua verve de cronista, que os faz compor músicas que primam pela observação do cotidiano e festejam outros grandes nomes do samba cujas histórias de vida estão conectadas à comunidade de Madureira, como Dona Ivone Lara e Arlindo Cruz. 

Além do saboroso papo, Zé Luis, Pretinho e Diogo cantam clássicos do Império Serrano, de artistas ligados à Serrinha e sobre o universo de Madureira como “Aquarela Brasileira”, “Alguém me avisou” e “Estrela de Madureira”.

Samba na Gamboa recebe Pretinho da Serrinha e Zé Luis do Império
Samba na Gamboa convida Pretinho da Serrinha e Zé Luis do Império - Reprodução/TV Brasil

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Criado em 19/09/2018 - 11:45

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