Neste episódio do Samba na Gamboa, Diogo Nogueira mergulha na história de dois irmãos que estão na estrada há 20 anos. A vida de Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira se confunde com a música, que os acalanta desde o berço. Filhos de artistas, hoje os músicos surpreendem público e crítica com uma visão plural do samba. Suas canções flertam com o pop, o baião, o hip hop, o rock e são uma grande celebração da diversidade cultural brasileira.
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No repertório, composições como “Sempre acesa”, “Saudade”, “Novo viver”, “Deixa cair”, “Marabaixo”, “Xequerê” e “Kizomba”. Os artistas falam sobre o álbum “Essência da origem”, que mostra a versatilidade do gênero e atraiu elogios por oxigenar as tradições do samba com ousadias, como som de berrante e a influência do tambor de crioula. Também contam da infância na “estrada”, acompanhando as turnês dos pais, o início da carreira e o sucesso do Quinteto em Branco e Preto, grupo que integraram.
Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira são cantores, instrumentistas, produtores, atores e compositores. Em 2014, formaram a dupla Prettos, depois do fim do grupo Quinteto em Branco e Preto, que obteve imenso sucesso com álbuns como "Quinteto" (2012) e "Comunidade Samba da Vela" (2012). Foram ganhadores do 24º Prêmio da Música Brasileira. À época, eles se uniram a um grupo de amigos que frequentavam o mesmo bar no Bexiga, em São Paulo. Com o sucesso, passaram a fazer shows em vários lugares do mundo. E se apresentaram ao lado dos mais importantes sambistas do país, como Almir Guineto, Dona Ivone Lara, Elton Medeiros, entre tantos outros.
Ao lado de grandes nomes do samba, eles fundaram a Comunidade Samba da Vela, em 2000, que acabou se tornando um importante movimento artístico e cultural. Os sambistas se lembram do tempo em que criaram uma roda de samba num pequeno espaço no bairro Santo Amaro. O movimento foi crescendo e se tornou símbolo de resistência e inclusão social. A ideia era criar uma roda de samba ao estilo antigo e de repente virou um celeiro de músicos, talentos e atraiu gente que amava samba de toda a cidade.
No episódio, os músicos relembram momentos importantes da carreira, a exemplo das canções gravadas por grandes nomes da MPB, como as cantoras Beth Carvalho, Alcione e Maria Rita. São mais de 100 composições na bagagem. Também relembram grandes sucessos como “Deixa Cair” e “Sem marcas de dor”, canções importantes na carreira, feitas nos anos 1990, mas que eles mesmos não tiveram oportunidade de gravar à época. Os Prettos passaram por todas as fases da trajetória de um artista do samba, acompanhando feras como Beth Carvalho, como compositores, integrando grupo musical. Ano passado, tiveram a oportunidade de gravar o primeiro álbum dos Prettos.
Em 2016, tiveram sucesso ao produzir o espetáculo “Pelo Telefone - na Linha do Tempo do Samba”, homenageando o centenário do gênero. Também integraram o projeto “Século do Samba”, que teve participação de Leci Brandão, Monarco, Nei Lopes, Pedro Luis, Jards Macalé, João Martins e Tantinho da Mangueira, no CCBB. Em 2018, ao lado de Emicida, os Prettos fizeram uma homenagem à grande Clementina de Jesus com o espetáculo “Obrigado Clementina”.
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