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Viagem dos sons da periferia para as pistas do mundo com DJ Dolores

DJs e produtores levam a brasilidade desses ritmos para fora do país

Segue o Som

No AR em 02/06/2013 - 04:30

DJ Dolores fala sobre sua produção musicalO surgimento dos sintetizadores e máquinas de ritmo mudaram a relação dos artistas com a criação musical. Com base nesses equipamentos, na década de 1990, despontam no Brasil vários talentos que  transformam o país do samba e da bossa nova na meca da música eletrônica.

São os DJs e produtores que levam a brasilidade desses ritmos para fora do país estabelecendo um diálogo cada vez maior com a cena eletrônica. DJ Dolores é o convidado do Segue o Som. Foi ele quem deu a cara nova na música nordestina contemporânea usando e abusando das matrizes da música brasileira. Ao longo da entrevista dada ao apresentador Maurício Pacheco, Dolores conta como foi a concepção da Orchestra Santa Massa que uniu artistas com diferentes referências musicais em seu processo criativo.

Quando se fala em música eletrônica, não pode ser deixado de fora Marky Mark,  DJ performático que no final dos anos 1990 deu a contribuição do Xerxes no crossover juntando o samba e a bossa nova com Drum n Bass.

Ainda no bate-papo, Dolores descreve a influência de Gilberto Freire na sua obra e  de "Contraditório", cuja faixa-título é a base de um sample do famoso discurso do escritor e antropólogo.

Ele fala também sobre o seu mais recente trabalho, o projeto Stank, em parceira com Yuri Queiroga, qual o papel do DJ na música hoje, qual o poder que ele tem e que os outros instrumentistas não tem, da importância da pesquisa musical e do uso dessa matéria prima para a construção de uma linguagem de música eletrônica brasileira. Além de muito conteúdo, durante a conversa Dolores descreve a cena atual, o que ele tem ouvido e que novidades ele pode nos mostrar sobre seus próximos projetos.

Apesar de lá fora o funk ser saudado como a música eletrônica brasileira, por colocar o tamborzão e o maculelê em um formato dançante e moderno, aqui no Brasil ainda é música de gueto, salvo alguns momentos históricos. Quem fala sobre o preconceito com esse estilo é Sany Pitbull, um dos nomes mais inovadores da história do funk carioca. Suas colagens sonoras levaram o papel do DJ do funk a um outro patamar, renovando a estética do baile. Utilizando samples que vão de latidos de cachorro a serra elétrica passeando pelo rock clássico ao chorinho. Além de animar os bailes do Rio de Janeiro, Sany tem marcado presença nos maiores festivais de música eletrônica na Europa consolidando o som que os gringos batizaram de “Baile Funk Music”.

O Segue o Som passa pela música tradicional reprocessada do DJ Nuts, parceiro de Marcelo D2 ao pulsante house africano. E ainda mostra a ponte Luanda-Lisboa-Rio do Buraka Som Sistema, Spoek Mathambo, da África do Sul, e mais Du Souto, Elliphant, Bomba Stereo, Jam da Silva, Jorge Ben & Trio Mocotó, Marcelinho da Lua & Mart'nália e muito mais.  




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Criado em 27/12/2012 - 17:33 e atualizado em 24/05/2013 - 15:46

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