Rafaela tem 10 anos. Aos quatro meses, começou a apresentar febre muito alta. Os pais a levaram ao pediatra, que diagnosticou otite. A princípio, seria problema de refluxo, mas, após receitar antibiótico, orientou que os pais observassem a posição em que a menina mamava. Mesmo com cuidados médicos, o quadro só se agravou. Em nove meses, Rafaela teve 10 infecções, sempre tratadas com antibiótico. O otorrino sugeriu o dreno, mas a família tinha medo da anestesia geral em uma criança tão pequena. No tempo que pensavam a respeito, a criança teve mais uma crise e eles decidiram por operá-la.
A menina fez a cirurgia de implantação do dreno antes de um ano de idade. Desde lá não teve mais nenhuma crise de otite. O dreno saiu sozinho, sem que a família percebesse. Ela fez acompanhamento contínuo até os dois anos de idade e depois recebeu alta definitiva.
Otite média é um problema comum, principalmente em crianças. É uma das complicações mais frequentes dos resfriados. Mas, em adultos e crianças maiores de dois anos, não apresenta sintomas sistêmicos, como febre. A otite não precisa, necessariamente, ser tratada com antibióticos. Seu uso, nesses casos, não diminui a duração da doença e pode contribuir para o desenvolvimento de bactérias resistentes.
A labirintite é apenas uma das causas de vertigem (sensação de movimento da pessoa ou do ambiente). Em grande parte dos casos, os medicamentos ajudam a aliviar os sintomas. Já quando o quadro é crônico e os sintomas são recorrentes, os exercícios de reabilitação são muito importantes.
Este episódio conta com a participação do coordenador do Grupo de Pesquisa em otologia e Otoneurologia HCPA/CNPq, Luiz Lavinsky; do presidente da Sociedade Brasileira de Otologia, Sady Selaimen da Costa; do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Moacyr Saffer.
Produção: Daniel Pedroso
Apresentação: Enrique Barros e Camila Furtado de Souza
Direção: Hique Montanari
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