Este Sinfonia Fina começa com o marcante sucesso “O que é, o que é?” nos lindos versos de Gonzaguinha filho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Além do brasileiro que fez época na MPB, o programa desta semana destaca também a vida e as obras do compositor russo Ígor Stravinsky.
A música de Gonzaguinha revelava sua postura crítica em relação à ditadura no início dos anos 1970 como em “Comportamento Geral”, canção apresentada no primeiro bloco do programa. Este tom de denúncia fez com que muitas de suas obras sofressem censura. A partir do início do processo de abertura política no Brasil, na segunda metade da década de 1970, o cantor carioca muda o teor do seu discurso e passa a compor músicas com um conteúdo mais agradável para o público da época.
Considerado um dos compositores mais influentes do século XX por sua diversidade estilística, Stravinsky foi o arquétipo do russo cosmopolita. Reconhecido por sua composições, também teve sucesso como maestro e pianista. Neste Sintonia Fina, a Orquestra Sinfônica São José dos Campos interpreta a sua obra. O programa alterna as produções eruditas de Stravinski com as composições populares de Gonzaguinha.
Músico revolucionário, Stravinsky ultrapassou fronteiras do design musical com inovadora estrutura rítmica no início do século em seu período russo. Também empregou as formas tradicionais da música a partir da década de 1920 em que se dedicou ao estilo neoclássico. No final da carreira, retoma a energia rítmica, a construção de ideias melódicas além da clareza de forma, instrumentação e expressão vocal no período serialista.
Para encerrar o Sinfonia Fina, o programa recorda “É”, um da canções de Gonzaguinha que se tornou símbolo do Brasil.
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