No Som na Rural desta semana, o apresentador Roger de Renor conduz nosso veículo sonoro em direção à Oficina Brennand, localizada no bairro da Várzea, no Recife, para mostrar o som do cantor, instrumentista, compositor e agora cineasta pernambucano Alceu Valença.
Artistas dos mais vigorosos e criativos da música popular brasileira, Alceu Valença funde há mais de quatro décadas ritmos tipicamente nordestinos com elementos da música do mundo. Seu primeiro disco solo, Molhado de Suor, foi lançado em 1974 e o trabalho chamou imediatamente a atenção da crítica e marcou de forma inegável o estilo Alceu Valença de fazer música.
Nos anos seguintes, Alceu lançou Vivo, Espelho Cristalino, Coração Bobo, Cinco Sentidos e, em 1982, Cavalo de Pau, primeiro estouro de vendas da carreira do compositor. Nas décadas seguintes, foram dezenas de álbuns lançados, através de grandes gravadoras ou de forma independente, nos quais o artista aprofundou ainda mais seu mergulho nas matrizes da música nordestina. A exemplo de Forró de Todos os Tempos, lançado em 1998 e onde Alceu passeia por todas as vertentes do forró: coco, xaxado, baião, caminho da roça, e Ciranda Mourisca, de 2009, no qual ele mostra a influência moura na música nordestina.
Para o Som na Rural, Alceu Valença escolheu um repertório composto por canções de diversas fases de sua carreira: Embolada do Tempo, No Tempo que me Querias, Cavalo de Pau, Solidão, Leque Moleque, Dois Animais, La Belle de Jour, Anunciação e Papagaio do Futuro.
Som na Rural exibe ainda duas matérias em torno do universo de Alceu Valença. A primeira delas com imagens de Alceu e seus parceiros na década de 1970, no Rio de Janeiro. A outra mostra o trabalho do instrumentista, arranjador e produtor musical Paulo Rafael, parceiro de Valença há mais de quatro décadas.
CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE / TV VIVA - PRODUTOR EDUARDO HOMEM E NILTON PEREIRA - DIRETOR
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