O episódio de hoje foi gravado em Ciudad del Este e cidades próximas da fronteira do Paraguai com o Brasil, e em Paramaribo e em dois garimpos nas florestas do Suriname e apresenta brasileiros que foram tentar uma vida melhor nos países vizinhos. Paranaenses e gaúchos que migraram para o Paraguai, garimpeiros maranhenses e paraenses que, fugindo da miséria e do fechamento das éreas de mineração na Amazônia, foram para o Suriname.
Em meados dos anos 1970, o governo Stroessner começou a oferecer terras a preços irrisórios para agricultores brasileiros dispostos a povoar e cultivar o solo paraguaio. Com apenas 6 anos de idade, Marilene Sguarizi foi com sua família atrás da promessa de uma vida melhor. Viu alguns colonos enriquecerem, e outros perderem suas terras, e decidiu se tornar defensora e porta-voz dos brasiguaios. Hoje, a advogada Marilene defende com unhas e dentes os interesses dos “seus coloninhos”, como os chama. Circula com a mesma naturalidade numa cooperativa de agricultores brasileiros ou em algum dos altos círculos do poder paraguaio, e não mede esforços para garantir os direitos adquiridos pelos brasileiros no país.
O maranhense Zé Paulo ouviu falar de garimpo pela primeira vez em 1983, quando trabalhava na construção da ferrovia de Carajás, no Pará. Decidiu seguir o rastro do ouro. De lá, passou pelo Rio Madeira, e foi dar em Roraima. Acabou expulso do próprio país pelos bombardeios que o exército lançou sobre a floresta, com o objetivo de erradicar o garimpo ilegal. Esteve na Venezuela, Colômbia e Guianas, até se fixar no Suriname. Em Paramaribo, ainda tentou ganhar a vida longe do ouro como barbeiro, profissão que aprendeu quando jovem. Mas o brilho dourado o levou de volta para o barranco, e o transformou em um bem-sucedido empresário do garimpo.
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