No episódio de hoje, gravado em Maputo, capital de Moçambique, o foco está na saúde pública deste país devastado pela aids, malária e pobreza. Você vai conhecer a história de médicos, farmacêuticos e engenheiros químicos brasileiros que ajudam o país africano a combater suas mais trágicas mazelas.
Quando a farmacêutica Maricy Vieira chegou a Maputo com duas filhas gêmeas recém-nascidas à tiracolo, a África era apenas uma aventura familiar inesperada, fruto do convite profissional recebido pelo marido. Mas os ares de Moçambique cativaram a família, e eles foram se deixando ficar. Sete anos depois, a Dra. Maricy trabalha hoje na Direção de Saúde de Maputo, e se reinventou na profissão. Tendo que controlar a gestão dos medicamentos distribuídos nos postos de saúde, entre eles os antiretrovirais que combatem o vírus HIV, Maricy redescobriu o contato com os pacientes, e aprendeu que ser farmacêutica é bem mais do que contar comprimidos.
Nuno tem apenas um ano, e talvez ainda não saiba o que significa ser um Moçambicano. O irmão Madou, nascido no Brasil, mas com seus quase três anos vividos na África, já arranha as primeiras palavras em Changana, idioma local. Seus pais, os Médicos Sem Fronteiras Bruno Cardoso e Kelly Cavalete, já andaram pelo Camboja, Somália, Índia e África do Sul, além das terras Yanomami em Roraima, onde se conheceram, antes de chegar a Maputo, há dois anos e meio. Ali, trabalham na área de prevenção e tratamento de portadores de HIV, dando apoio ao precário sistema de saúde do país. Kelly, enfermeira, é coordenadora de terreno da missão; Bruno, odontologista de formação, atua quase como um psicólogo junto aos grupos de pacientes soropositivos. Depois de Moçambique, os dois ainda não sabem por que caminhos o trabalho irá conduzi-los. Mas uma coisa é certa: vão levar para sempre uma semente moçambicana na família.
Você conhecer também a história de Roberto. Para ele, sábado e domingo são os dias que mais demoram a passar. Sentado de frente para o oceano Índico, toma uma cerveja e pensa no neto, enquanto espera a segunda-feira, e a hora de voltar ao trabalho na moderna fábrica de medicamentos que ele comanda na periferia de Maputo, fruto de uma parceria dos governos do Brasil e de Moçambique. Mas se para ele o tempo ali parece voar, para quem aguarda a entrada em funcionamento da fábrica, as coisas são bem mais lentas. Burocracia, trocas de governo, e a própria dinâmica de testagem dos equipamentos e produtos atrasaram o início da produção. Se tudo der certo, Moçambique pode se tornar, com o apoio do Brasil, autossuficiente na produção de remédios contra a aids.
Direção: Fabiano Maciel
Produção: Vanessa Junqueira
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