A abordagem de temáticas ambientais na televisão, seja em programas específicos ou no telejornalismo, ganhou consistência apenas a partir da Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro. Até então, “éramos os ecochatos”, lembra-se Maria Zulmira de Souza, diretora da Agência Planetária, que produz o primeiro reality show ambiental da televisão brasileira, o Ecoprático, exibido pela TV Cultura.
O Ver TV desta semana discute como a televisão trata questões ambientais. Esta edição conta com o presidente do Instituto Envolverde e editor no Brasil do jornal Terramérica, projeto ligado ao programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Dal Marcondes; e com o professor de Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Tocantins, Ariovaldo Umbelino de Oliveira.
Para Dal Marcondes, “a internet revolucionou o acesso a informações sobre questões ambientais”. Umbelino aponta mudanças positivas resultantes da abordagem da temática ambiental na mídia, como a conscientização em relação à reciclagem. Antes da Eco 92, “os jornalistas de meio ambiente cabiam numa kombi”, brinca Maria Zulmira.
Em relação aos animais silvestres, alguns programas de televisão, especialmente da TV paga, apelam para a bizarrice, critica o ambientalista e documentarista Dener Giovanini, coordenador-geral da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). Segundo ele, programas sobre animais silvestres com apresentadores que mostram coragem ao enfrentá-los estão cheio de bizarrices e falsidades. “Na verdade, os animais são de zoológico ou de criadores autorizados pelo Ibama,” desmistifica.
Apresentação: Lalo Leal
Produção: Aline Penna, Vitor Chambon e Patrícia Lima
Roteiro: Lumi Kihara
Direção: Pola Galé
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