O Ver TV desta semana debate o resultado da migração do humor da Internet para a televisão, o sucesso das apresentações tipo stand-up e os limites do humor (existem?).
Os convidados são Rafael Barba, roteirista, dramaturgo e ator; Pedro Arantes, diretor de séries de comédia e José Henrique Fabre Rolim, presidente da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 2012, a entidade premiou na categoria "humor na TV" uma produção de sucesso na Internet – não um programa de televisão: Porta dos Fundos.
"O limite (do humor) sempre é um acordo social", diz Pedro Arantes, que dirigiu as séries Vida de Estagiário, para a TV Brasil, e Olívias, para o Multishow. "Mais do que limite, é uma questão política do humorista se posicionar politicamente e de a sociedade responder àquela provocação do humorista", explica. Arantes também dirigiu o documentário O riso dos outros, para a TV Câmara, na qual essa questão também é abordada por comediantes.
Como Arantes, Rafael Barba faz restrição à expressão "limites", tanto que atribui o sucesso do humor de Porta dos Fundos à linguagem coloquial e livre dos comediantes. O mesmo, segundo ele, ocorre com o humor dos comediantes que fazem stand up (comediante se apresenta sozinho, conversa e se dirige ao público de pé). "O stand up pegou por essa anarquia, enquando na televisão não se via palavrão, toda essa liberdade", comenta, referindo-se ao crescimento do stand up na Internet (You Tube).
Fabre Rolim afirma que se hoje a Internet influencia a TV, no futuro ambas estarão na mesma tela.
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