Esta semana, o Ver TV discute a baixa frequência dos torcedores nos estádios – média de 14 mil – , a necessidade de os clubes reduzirem a dependência financeira com a TV, e o futebol como espetáculo e negócio.
"Quando os jogadores sentam com a CBF, na verdade têm que negociar com a televisão", comenta João Palomino, diretor de Jornalismo e Produção da ESPN no Brasil, em referência ao Bom Senso Futebol Clube, movimento dos jogadores em protesto contra o excesso de jogos impostos aos grandes clubes.
O horário das partidas (22h), definido em função da conveniência das TVs, também é apontado como um dos fatores de afastamento do público dos estádios. O consultor de marketing e gestão esportiva, Amir Somoggi, ressalta que a TV tem papel fundamental. "O que não pode é a TV prejudicar o produto (futebol) com excesso de jogos", afirma.
Para o diretor de produção e aquisições da Bandsports, Evandro Figueira, a média baixa de número de torcedores nos estádios não se deve ao preço dos ingressos. "O que prejudica é o acesso ao estádio, a falta de conforto nos estádios", diz.
Somoggi concorda: "Quando o ingresso era dez reais, a média de público (nos estádios) era de 12 mil. Onde estava o torcedor apaixonado? Então, a questão não é o preço. O torcedor quer conforto, estrutura... Ainda tem o medo de levar um tiro, tem toda essa violência."
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.