Pessoas vêm sendo linchadas em várias partes do Brasil. Os casos aumentaram e são apresentados de forma dramática pela TV. O Ver TV desta semana traz novamente o assunto Violência para o debate.
Há quem opine que esse tipo de "justiça" é "até compreensível". Entretanto, muitos se chocaram ao perceber que uma moradora do Guarujá, litoral de São Paulo, foi espancada até a morte após ser falsamente acusada de ter cometido crime de sequestro de crianças. Ela foi confundida com a suspeita, cujo retrato falado estava publicado numa rede social da cidade.
A banalização da violência parece que toma conta também da televisão brasileira. “Esse tipo de comentário, os comentários que incentivam as ações de linchamento, eles são irresponsáveis porque difundem na sociedade – entre aqueles telespectadores - a ideia de que linchamentos ou justiça com as próprias mãos, e muitas vezes até a própria violência policial, que esse tipo de ação é aceitável”, critica Ariadne Ariadne Lima Natal, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), entrevistada especialmente para o Ver TV desta semana.
O programa chamou para debater o assunto também o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, Vitor Blotta; a psicóloga especialista em neuropsicologia infantil, Ana Olmos; e o criminalista Antonio Carlos Mariz de Oliveira, ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
"O Brasil precisa de um choque civilizatório e a televisão deve ser atingida. A televisão não encontra um Estado que a enfrente. O Estado é covarde", critica o criminalista Antonio Carlos.
A forma como a violência tem sido divulgada na televisão também preocupa a psicóloca Ana Olmos: "A criança se alimenta daquilo que ela vê. Ela aprende com modelos, ela aprende com experiências... Ela aprende com o seu dia a dia."
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