Em um dos episódios do seriado Breaking Bad, uma das séries de maior sucesso dos Estados Unidos – exibida no Brasil pela TV Record e pela AXN –, o protagonista usa uma trava de motocicleta para prender um traficante a uma pilastra. Em fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro, um adolescente foi espancado e preso a um poste. O jovem estava sem roupas e preso com uma trava de bicicleta. Ele teria sido atacado por um grupo de "justiceiros", sob a justificativa de ter cometido inúmeros roubos.
A comparação foi feita por Vitor Blotta, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, convidado desta semana do Ver TV. Ele discute como a televisão trata a violência na sociedade. Também são convidados a psicanalista Ana Olmos, especialista em neuropsicologia infantil, e o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
No caso citado, Blotta evita fazer associação direta de causa-efeito entre a violência fictícia e a violência real, porém afirma que imagens de violência na TV podem estimular apoio da população a medidas represssoras.: "é disseminada pela mídia basicamente por novelas e filmes, em que as frustrações são resolvidas a bala. É a banalização do mal."
Para a psicanalista Ana Olmos, não se trata de esconder o que se passa na sociedade, mas de contextualizar o fato, mostrar como se constroem soluções de conflitos. Numa cultura de violência, a criança estrutura sua percepção, sua forma de lidar com o conflito a partir de modelos dessa própria cultura, afirma.
Apresentação
Editor-Chefe
Lalo Leal
Direção de Estúdio
Pola Galé
Pesquisa e Pauta
Lumi Kihara
Produção
Patrícia Lima
Vitor Chambon
Edição de Imagem
Renato Fanti
Coordenadoras de Produção
Aline Penna
Nane Martins
Gerente Executiva de Produção
Cristina Carvalho
Diretor de Produção
Rogério Brandão
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