O Ver TV vai ao Anima Mundi e conversa com os idealizadores do evento: Aida Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães. O festival foi criado em 1993 e desde então realiza edições anuais, com a exibição de filmes de animação nacionais e internacionais, oficinas que ensinam diversas técnicas de animação para o público e também promovem encontros entre profissionais do setor.
Segundo Aida Queiroz, no início da década de 1990 a maioria dos animadores brasileiros só encontravam espaço na publicidade. Por isso, Queiroz e seus sócios criaram o festival com a intenção de mostrar o que estava sendo produzido em animação no exterior e apresentar para os profissionais no Brasil novas possibilidades.
“A melhor maneira de promover a animação seria usar a lei da oferta e da procura. Se a gente conseguisse provar que existia uma procura muito grande por animação, a gente ia provocar uma oferta. E de fato isso aconteceu”, relata César Coelho.
Para Lea Zagury, é fundamental promover o intercâmbio entre os produtores de animação e o mercado, por isso o festival criou o “Anima Business”. Segundo Zagury, novos animadores surgem a partir da experiência no festival.
Marcos Magalhães considera que o festival também contribuiu para a quebra de um estereótipo: a crença de que filmes animados são “coisa de criança”. Ele explica que na verdade a animação surgiu como um espetáculo para adultos, com temas eróticos e políticos.
Assista também ao episódio: O crescimento das animações brasileiras
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