Aos 20 anos, na década de 1970, Alencastro ganhou uma bolsa de estudos e se mudou para a França. Sua decisão de sair do Brasil também foi pautada pela perseguição do regime militar, que o fez responder a diversos inquéritos quando ainda estudava na Universidade de Brasília.
Alencastro viveu na França por 37 anos, onde se formou em história e ciências políticas e fez doutorado em história contemporânea. Hoje, tem livre docência em história econômica pela Unicamp, é professor de uma das principais universidades do mundo, a Paris-Sorbone, e também do instituto de economia da Fundação Getúlio Vargas.
Uma das obras mais destacadas do professor é O trato dos viventes: formação do Brasil nos séculos XVI e XVII, publicado em 2000 pela Companhia das Letras. No livro, Felipe de Alencastro discute a formação econômica brasileira a partir do triângulo luso-brasileiro-africano, incluindo a influência de Angola na cultura brasileira.
O historiador relembra sua trajetória, avalia a crise política brasileira, a ascensão e declínio do país no cenário mundial e o papel do poder judiciário e da mídia no jogo dos poderes que comandam o Brasil.
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