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Vilas operárias de São Paulo: passado que resiste

Um passeio nas centenárias Vila Maria Zélia e Vila dos Ingleses

Caminhos da Reportagem

No AR em 04/07/2021 - 20:00

Se numa metrópole, tempo é dinheiro, o ritmo é a velocidade com a qual os habitantes chegam ao pote de ouro. Mas o que é tempo e ouro quando a vida se congela em ruínas no bairro do Belenzinho, zona leste de São Paulo? A Vila Maria Zélia inaugurada em 1917 é uma destas preciosidades que resistem ao progresso, às mudanças de hábito e de rotina em casas com pé direito de 4 metros de altura, e vizinhos que se conhecem numa cidade habitada por milhares de anônimos. O ex-modelo Edelson Pereira Pinto, conhecido por Seu Dedé, é morador desde que nasceu há mais de 70 anos: “tenho orgulho em dizer que eu durmo no quarto em que nasci”.

Edelson "Dedé" Pereira Pinto, se orgulha de dormir no quarto em que nasceu  na Vila Maria Zélia desde que nasceu há 73 anos.
Edelson "Dedé" Pereira Pinto, se orgulha de dormir no quarto em que nasceu na Vila Maria Zélia desde que nasceu há 73 anos. - Divulgação/TV Brasil

Os prédios abandonados são também a atração da vila. Os moradores convivem com visitantes em busca de história nas paredes destruídas da antiga escola de meninas, hoje sem teto. A falta de conservação do armazém, da escola dos meninos, sapataria e boticário – a farmácia da vila – não impede o visitante de imaginar como viviam as famílias dos funcionários de uma fábrica de sacos de juta para embalar a produção cafeeira no começo do século XX.

A família de Niel Frank mora, trabalha e cria os filhos com liberdade e segurança na Vila dos Ingleses.
A família de Niel Frank mora, trabalha e cria os filhos com liberdade e segurança na Vila dos Ingleses. - Bianca Vasconcellos/TV Brasil

Há 20 minutos dali, a Vila dos Ingleses nos leva a outra viagem ao tempo e, a céu aberto. O complexo de 28 casas foi construído em 1917 para receber as famílias de engenheiros ingleses que vieram para a reforma da Estação da Luz. O Caminhos da Reportagem revela este patrimônio tombado pelo governo paulista e localizado discretamente entre prédios imponentes – a própria Estação da Luz, a Pinacoteca, o Museu de Arte Sacra – e ruas degradas do centro onde a cracolândia também resiste ao tempo.

Ficha técnica:
Reportagem: Bianca Vasconcellos
Produção: Deise Machado, Luise Espinosa, Maria Clara Pereira (estagiária), Everton Siqueira(estagiário)
Imagens: Bianca Vasconcellos, João Marcos Barboza, William Salles
Auxiliar: Caio Araujo, Maurício Aurelio Marcelo
Roteiro e edição: Ana Passos, Bianca Vasconcellos
Apoio à edição: Claiton Freitas
Edição de imagens e finalização: Jerson Portela - BSB, Maikon Matuyama -SP
Arte : Lucas de Souza Pinto
Trilha sonora original : Flávia Tyguel 
Produção musical: Tereza Cristina Eustáquio 
Banco de trilhas: Music Branding Brasil

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Criado em 28/06/2021 - 15:40

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