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SUS: referência em saúde pública

Caminhos da Reportagem

No AR em 29/05/2022 - 22:00

Para mostrar as alternativas oferecidas pela rede pública que estão ao alcance de toda a população, o Caminhos da Reportagem dessa semana (29/05), revela Hospitais que oferecem atendimentos pelo SUS e que são referências em saúde no país. Entre eles, está o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o ICESP.

A oncologista Maria Del Pilar Estevez, diretora do corpo clínico do Instituto contabiliza: “Temos 45 mil pacientes ativos,  em tratamento dentro do Instituto” e diz que é importante trazer esperança para todos eles. Foi lá que conhecemos a paciente Cintia Adelita que estava cercada pelos funcionários do hospital. Tocando o sino que anuncia a cura de quem enfrentou a doença, ela nos contou sobre o seu alívio.

“Várias vezes, quando eu chegava aqui, eu via gente tocando. E eu falei: Um dia eu vou chegar lá também. Eu vou tocar (o sino)”. Depois de passar por sessões de quimioterapia, perder parte dos cabelos, enfrentar cirurgia e radioterapia, Cintia comemora: “Foi uma vitória muito grande. Hoje estou curada”.

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 Paciente curada de câncer toca o sino - Divulgação TV Brasil

Outro centro de referência reconhecido dentro e fora do país é o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais ligado à Universidade de São Paulo (USP), de Bauru. Conhecido por Centrinho, dedica até hoje 100% de sua capacidade instalada aos usuários do SUS. “Nós somos o maior centro SUS do Brasil, um dos maiores na América Latina. Somos pioneiros nessa área de reabilitação e entre essas, a anomalia craniofacial a mais comum, é a fissura labiopalatina. E isso interfere na fala, na comunicação, na estética obviamente, na alimentação, explica Luiz Fernando Manzoni, diretor Clínico do Centrinho.

Thaís Souza, mãe de paciente do Centrinho relembra os percalços enfrentados pelo filho que está em tratamento no hospital. “Ele se alimentava e saía pelo nariz. Como era aberto o céu da boca, voltava tudo. Ele fechou o céu da boca e fechou os lábios”, explica.

“Ao longo da vida, outras cirurgias vão sendo feitas a depender do tamanho da fissura e do comprometimento da fissura. Outras modalidades de tratamento são necessárias, como aparelhos ortodônticos para corrigir a posição dos dentes terapias de fala. Muitas vezes o paciente tem que aprender a engolir corretamente... E para isso é necessária uma equipe bem grande de profissionais de diferentes áreas da saúde", acrescenta Carlos Santos, superintendente do HRAC/USP.

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Tratamento de fissura labiopalatal - Divulgação TV Brasil

Hoje, o Centrinho já ultrapassou a marca de mais de 100 mil pacientes atendidos nas áreas de fissuras labiopalatinas, anomalias craniofaciais congênitas e deficiência auditiva. Ali também encontramos Clívia Donza, mãe do menino Arthur. Ela explica que com apenas três meses de vida, por conta da má formação do coração do filho e complicações posteriores, ele perdeu audição dos dois ouvidos.

“Eu desconfiei da perda auditiva, porque ele não tinha nenhuma reação aos sons. Eu nem imaginava que uma criança surda poderia falar. Quando eu cheguei aqui e eu vi uma criança implantada, eu fiquei maravilhada com a possibilidade do meu filho poder ouvir”. E completa: “Se eu fosse fazer isso de forma particular, eu não teria condições de fazer". O menino Arthur Donza, também expressa os resultados de seu tratamento por meio de uma fala clara e firme: “Eu estou aqui escutando, lendo, falando, graças ao Centrinho. E eu sou muito grato”, diz.

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Paciente Arthur Donza em tratamento no Centrinho de Bauru - Divulgação TV Brasil

Na cidade de Jaú, interior de São Paulo, o Hospital Amaral Carvalho, referência em tratamento oncológico e transplante de medula óssea é outro centro que traz boas histórias de recuperação. Wanderson Paiva que teve um longo tratamento para transplantar a medula, já comemora. “Você se sente nascendo de novo, depois de seis meses internado”. Ele explica que recebeu a medula de seu irmão que foi doador. “Não dói nada” e reforça o lema para outros possíveis doadores: “Salvar uma vida é muito importante”.

Já a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que atende pelo SUS, realiza mais de 100 mil atendimentos por mês. Ela fornece órteses, próteses e meios auxiliares para a locomoção dos debilitados. É referência no uso de terapias de alta tecnologia que envolvem a robótica. A realidade virtual associada ao exoesqueleto é uma grande aliada que permite uma interação lúdica do paciente e reduz o tempo de tratamento.

“O paciente veste essa armadura e ele tem uma incrível segurança e uma ajuda nesse sistema para começar a desenvolver o padrão de marcha”, explica a idealizadora da Rede Lucy Montoro, Linamara Battistella, apontando para o aparelho.

O paciente do Instituto Antônio Carlos Mangueira conta sobre os seus resultados. “Eu vim para cá praticamente arrastado. Depois passei para cadeira de roda, consegui a bengala de 4 pontas depois uma (bengala) de uma ponta só. Hoje consigo andar poucos passos sem usar nada”, diz.

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Uso de exoesqueleto na reabilitação de paciente - Divulgação TV Brasil

Depois do AVC que afetou o lado esquerdo do corpo, Oswaldo Tanaka acabou ficando na mão com o convênio que tinha e passou a ser tratado do centro de reabilitação.

“Se não fosse a rede pública, eu estaria perdido. Eu senti que o que esse centro de reabilitação faz é um acolhimento muito importante. Eles conhecem a gravidade avaliam direitinho e colocam o esforço possível para você começar a acreditar na recuperação, na reabilitação. Acho que esse apoio e vínculo socioafetivo e psicológico foi muito importante. Porque em algum momento, à medida que você não consegue comer, você fica desesperado. Eles conseguiram através de um trabalho multiprofissional também não deixar que eu entrasse em desespero e nem desistisse”, conclui Oswaldo.

Ficha técnica:

reportagem

SARAH QUINES

ISABEL SÉRIE

produção 

SARAH QUINES

DEISE MACHADO 

apoio à produção 

ACÁCIO BARROS

LEONARDO CATTO

imagens

PEDRO GOMES

GILMAR VAZ 

auxílio técnico 

JOÃO BATISTA DE LIMA 

JONE FERREIRA 

roteiro e edição de texto

SARAH QUINES

edição de imagem

FÁBIO POUSA 

finalização 

FÁBIO POUSA 

arte

PÂMELA LOPES

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Criado em 26/05/2022 - 18:45

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