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Brasil paralímpico, potência em movimento

Da preparação ao triunfo. Conheça a história dos paratletas do país

Caminhos da Reportagem

No AR em 30/09/2024 - 23:30

Um feito histórico. Foi assim que o Brasil terminou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris. Pela primeira vez o país ficou entre os cinco com o maior número de medalhas, atrás apenas de China, Estados Unidos, Reino Unido e Holanda. Foram 25 medalhas de ouro. Subimos ao pódio 89 vezes.

Desde que ganhou sua primeira medalha paralímpica, em 1976, em Toronto, o Brasil soma agora 462 medalhas - 134 ouros, 158 pratas e 170 bronzes. 

Ronan Cordeiro
Ronan Cordeiro fez história no Triathlon, por Divulgação/TV Brasil

Mas Paris marcou também a estreia no pódio de algumas modalidades. Foi o caso do Triathlon. O atleta Ronan Cordeiro fez história com sua medalha de prata. “Nós mostramos que os sul-americanos têm muita garra e muita força. E foi só o início”. 

Em outros esportes, como a natação, o Brasil se consolidou ainda mais como potência paralímpica. Carol Santiago abocanhou mais cinco medalhas em Paris. Agora a atleta já soma dez medalhas e é a brasileira com o maior número de medalhas de ouro da história. “Eu digo que antes do movimento paralímpico eu era uma pessoa incompleta. É uma grande oportunidade de você crescer não só como atleta, mas também como pessoa, como ser humano”, disse ainda emocionada.

Gabrielzinho
Gabrielzinho, seis medalhas paralímpicas aos 22 anos, por Divulgação/TV Brasil

Outro nome da natação que subiu ao pódio três vezes em Paris foi Gabriel Araújo. Aos 22 anos ele acumula seis medalhas paralímpicas. O Gabrielzinho, conhecido como o “Pelé das piscinas”, também caiu nas graças da torcida e virou sensação. “Tinha muita gente no estádio, então isso é muito bom. E eu consegui de alguma forma me aproximar deles, estreitar essa relação, esse carinho. E, com essa aproximação, dar retorno de todas as energias positivas que são sempre bem-vindas e estão aí para somar.” 

E Paris também foi palco de conquistas no halterofilismo. Uma dessas atletas cruzou um longo caminho, que ligou Itu, no interior de São Paulo, à França. Mariana D’Andrea prometeu e cumpriu. Bicampeã paralímpica. E a medalha tinha uma dedicatória especial, o pai Carmine D’Andrea, que morreu em 2023. Antes de partir para Paris ela cravou: “Prometi que iria trazer a medalha enquanto meu pai estava vivo. Ele sempre estava me apoiando, assistindo. Meu maior torcedor, meu maior incentivador, minha inspiração maior era ele. Sem sombras de dúvidas, eu tenho que voltar com essa medalha”. 

Mariana D'Andrea
Mariana D'Andrea, bicampeã paralímpica no halterofilismo, por Divulgação/TV Brasil

Quase 100% da delegação brasileira paralímpica em Paris - 280 atletas; recebe hoje Bolsa Atleta. O programa foi criado por um decreto em 2004 e começou a vigorar em 2005. Para Mizael Conrado, hoje presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, e ex-jogador de futebol de cegos, o incentivo foi fundamental para o resultado em Paris. “Hoje o Bolsa Atleta é muito significativo, ele é muito importante, um dos principais instrumentos para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Porque ele garante a condição do atleta de poder se dedicar exclusivamente ao esporte.”

Nossa equipe acompanhou esses e outros atletas durante toda a sua preparação para as Paralimpíadas. Um ciclo que começou anos antes, como foi o caso de Verônica Hipólito, bronze nos 100 metros. “Estava há oito anos fora dos jogos. Tive não sei quantos tumores no meu cérebro. Tu acha (sic) que eu ia deixar de vir? Aqui estou e consegui conquistar essa medalha que é de bronze, mas ninguém comemorou tanto quanto eu aquele pódio”.

O repórter Lincoln Chaves acompanhou por anos estes atletas. E cruzou o oceano Atlântico para ver de perto o triunfo paralímpico em país. 

A história do paradesporto brasileiro e de Verônica, Carol, Gabriel, Ronan e outros atletas paralímpicos vai ser contada no episódio do Caminhos da Reportagem “Brasil paralímpico, potência em movimento”, que vai ao ar na próxima segunda-feira (30/09), às 23h30, na TV Brasil.  

 

Ficha técnica:

Produção e reportagem: Lincoln Chaves

Apoio à produção: Natália Neves e Thiago Padovan

Apoio operacional à produção: Acácio Barros e Lucas Cruz

Reportagem cinematográfica: Gilmar Vaz

Apoio à reportagem cinematográfica: Alexandre Nascimento, Amâncio Ronqui, Jefferson Pastori, Pedro Gomes e Raul Cordeiro

Apoio auxílio técnico: Caio Araújo, João Batista de Lima, Jone Ferreira, Maurício Aurélio e Wladimir Ortega

Edição de texto: Ana Graziela Aguiar e Thiago Padovan

Edição de imagens e finalização: Rodrigo Botosso

Pesquisa de Acervo EBC-SP: Fábio de Albuquerque

Assessoria: Maura Martins

Design e videografismo: Alex Sakata

 

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 29/09/2024 - 10:05

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