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"Achei a palavra atleta bonita e decidi que queria ser um". Esta frase é de autoria de Adhemar Ferreira da Silva, o primeiro bi-campeão olímpico brasileiro. Além das medalhas de ouro no salto triplo, conquistadas nas Olimpíadas de Helsique, em 1952, e de Melbourne, em 1956, Adhemar também foi tricampeão Panamericano e dez vezes campeão brasileiro no salto triplo.
Ao longo de 13 anos de vida atlética, Adhemar arrematou mais de 40 títulos e troféus internacionais. Diferenciado nas pistas de atletismo, Adhemar também se destacou fora delas. Atuou no filme Orfeu Negro, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro de 1960. Formou-se em quatro faculdades, falava fluente inglês e francês e foi adido de cultura da embaixada do Brasil na Nigéria. Depois que deixou as competições esportivas, nunca precisou da ajuda do Estado para viver com dignidade porque trabalhou e exerceu as profissões para as quais havia estudado.
Adhemar Ferreira da Silva é o único brasileiro, até agora, a representar o país no Salão da Fama da Federação Internacional de Atletismo, onde divide o estrelato com Carl Lewis, Jesse Owens, Emil Zatopek, Ed Moses e outras lendas do atletismo. Participam deste programa a biógrafa Tania Mara Siviero, o neto e editor Diego Menasse, o jornalista e atleta Robson Caetano e o atleta Torben Grael.
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