O programa Conexão Roberto D Avila de domingo ( 22) vai entrevistar o neurocientista Stevens Rehen, coordenador do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE), especializado na produção de células-tronco embrionárias e células-tronco de pluripotência induzida (iPS). O Laboratório fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e está associado à Rede Nacional de Terapia Celular do DECIT/Ministério da Saúde, em parceria com o BNDES, CNPq e FINEP.
O LaNCE vive de verbas pública, sendo essencial que as doações sejam estimuladas para que a pesquisa se solidifique cada vez mais no Brasil. Na avaliação de Rehen, a burocracia no país representa um enorme atraso na importação de material científico, o que gera ansiedade e frustração com a demora na liberação de reagentes.
Na entrevista ao jornalista Roberto D Avila, Stevens alerta sobre o perigo do turismo de células-tronco, comenta sobre as pesquisas em andamento e a perspectiva da ciência nos próximos anos. Para ele, a ciência desafiará sempre os limites da ética, portanto, é fundamental que a sociedade discuta as questões antes que elas se tornem realidade.
Stevens Rehen é carioca, fez graduação e doutorado em Ciências Biológicas pela UFRJ e, depois, pós-doutorado em Neurociências pela Universidade da Califórnia, em San Diego (2003), e pelo Instituto de Pesquisa Scripps dos Estados Unidos (2005). Entre 2005 e 2008, foi presidente da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC).
A área de especial interesse do neurocientista é a organização do cerébro, a estrutura que cria o pensamento e as sensações. Segundo ele, a genética é importante, mas não é decisiva em muitos casos, pois o ambiente é crucial para o desenvolvimento do cérebro.
Atualmente, ele é membro do corpo editorial da revista Frontiers in Neuroscience, do comitê brasileiro da Pew Charitable Trust Latin American Program in the Biomedical Sciences e Diretor Adjunto de Pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ.
Na conversa, o neurocientista fala de sua vida e estudos, ressaltando que, quando estudou nos Estados Unidos, conviveu com cientistas de todas as partes do mundo, experiência considerada determinante em sua vida.
O regresso ao Brasil foi parte de um desafio de poder realizar pesquisas no país. A comunidade de cientistas da qual faz parte, tem feito enormes avanços, com o aumento dos investimentos em pesquisa e a crescente percepção da importância da ciência.
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