Ele é uma das mais criativas e controversas personalidades do teatro brasileiro e internacional. Inquieto e passional, o diretor Gerald Thomas é o convidado do Conexão Roberto D'Avila, No bate-papo, toda a verve crítica do entrevistado aparece de forma sempre contundente, mas extremamente bem humorada.
“O artista tem a função de ser o rato de laboratório da sociedade. Eu me deixo meio que aberto pro que der e vier. E isso vai pra cultura e isso vai pra política. O mundo precisa desesperadamente de um marciano de anteninha verde que ataque a gente pra que todo mundo se una. Eu sou filho do holocausto, já nasci com o holocausto na cabeça. Eu não tenho o menor compromisso e, quando tiver, te dou uma procuração e você mesmo pode me internar”, sentencia.
Com múltiplos talentos, Gerald Thomas é também um grande desenhista, que durante mais de dez anos ilustrou a página de opinião do New York Times e de outras publicações americanas. Foram mais de quatro mil desenhos publicados, sendo que alguns deles fazem parte do acervo do MoMA e do Guggenhein, em Nova York, além da Tate Modern, em Londres. E com a agenda repleta de estreias em vários países do mundo, ele ainda encontra tempo para escrever uma ópera com o baixista do lendário Led Zeppelin.
“Eu obriguei o baixista do Led Zeppelin, o John Paul Jones, a um desafio: você é baixista, que tal compor uma ópera? Você é treinado classicamente, conhece música clássica, sabe tocar tudo, vamos compor uma ópera! E estamos fazendo uma ópera baseada na Sonata Fantasma, do Strindberg”, conta Gerald, acrescentando que a estreia está prevista para o segundo semestre de 2015, em Viena.
Apresentação: Roberto D'Ávila
Direção: Medeiros
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