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Entrevista com o ator e produtor cultural Fioravante Almeida

Artista avalia os desafios de produzir cultura no país

Conversa com Roseann Kennedy

No AR em 21/05/2018 - 21:15

Ator e produtor cultural, Fioravante Almeida tem no palco o seu local de inspiração. Com 20 anos de carreira, trabalhou com José Celso Martinez, um dos mais importantes nomes da arte cênica brasileira. Com a peça “Muro de arrimo”, Fioravante ganhou o troféu de melhor ator do Prêmio Aplauso Brasil de Teatro em 2014. Recentemente fez enorme sucesso ao contracenar com o eterno trapalhão Dedé Santana na peça “Palhaços”. Sua mais recente produção em cartaz em São Paulo é “Moliére”, uma comédia musical que tem no papel principal Matheus Nachtergaele.

Ator e produtor cultural Fioravante Almeida comemora 20 anos de carreira
Ator e produtor cultural Fioravante Almeida comemora 20 anos de carreira - Divulgação

Nesta conversa com Roseann Kennedy, Fioravante fala da carreira, dos desafios de se produzir cultura no país e da nova forma de fazer humor: o stand-up comedy. "O teatro tem aquele público que ainda é muito fiel, que gosta de teatro. Mas tem uma nova geração, uma geração mais ligada às redes sociais que se ligam mais no stand-up. Eu acho que tem campo para todo mundo. O stand-up tem uma coisa mais ligada ao show man. Mas por outro lado, o teatro resiste há muito tempo e ele vai resistir sempre”.

O artista ainda critica a pressa e a impaciência das pessoas no mundo contemporâneo e diz que o ser humano precisa se reconectar um com o outro. Ele aponta a arte como um caminho para essa conexão. “Quando acaba a peça, a pessoa já quer sair, já esquece. Ou então está no celular, postando e dizendo: 'Eu estou vendo a tal peça'. Acho que está faltando uma coisa mais próxima, mais humana na gente”, dispara.

Sempre de bom humor e grato a tudo o que conquista, o paulistano, que já foi locutor de rádio, sonoplasta e contracenou com vários artistas brasileiros, conta suas histórias de superação. Fioravante lembra que com poucos dias de vida chegou a ser colocado em uma caixa de sapatos para ser atirado ao Rio Tietê. “Eu tive muita sorte”, diz ao lembrar-se da mãe Olívia, que o adotou e impediu um desfecho trágico.

E se o drama de sua vida poderia ser fonte de inspiração para outras obras, Fioravante mantêm o otimismo e a persistência. “Ser artista é acordar a cada dia e encontrar uma nova inspiração e um motivo para ir pra frente”.

Roseann Kennedy conversa com o ator Fioravante Almeida
Roseann Kennedy conversa com o ator Fioravante Almeida - Divulgação

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Criado em 18/05/2018 - 12:05

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