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Miguel Sousa Tavares fala da estreia de Equador

Nesta segunda (3), às 23, na TV Brasil

Miguel Sousa Tavares (a esquerda) no papel de Conde de Mafra

O português Miguel Sousa Tavares é o autor do livro Equador, best seller no qual é baseada a série homônima que estreia nesta segunda (3), às 23h. Em entrevista ao site da TV Brasil, o jornalista e escritor disse que é muito importante a exibição de Equador no Brasil. É quase uma medalha!”, comentou. Na conversa, ele fala sobre a adaptação do romance, que já vendeu 400 mil exemplares em Portugal, e da repercussão da série em seu país.


TV Brasil: Como foi ver a sua obra Equador adaptada para a TV?

Miguel Sousa Tavares:
Não posso dizer que minha obra está na TV, os realizadores partiram da matriz de minha obra e adaptaram para outro meio, a TV. Mas me dá muita satisfação, pois é uma oportunidade de a história atingir mais pessoas.


TV Brasil: Como você avalia o resultado?

Miguel:
Geralmente os autores não ficam satisfeitos com as adaptações de seus livros. Escrever o livro é uma coisa e adaptá-lo é outra, o importante era mesmo a adaptação! Sobretudo para mim é muito importante que a série Equador esteja sendo transmitida no Brasil. É quase uma medalha!


TV Brasil: E o fato de ser exibida por uma TV Pública?

Miguel:
Eu acho que a TV Pública no Brasil cumpriu a sua função, ao contrário da TV Pública em Portugal. Em Portugal, a adaptação foi de uma TV privada. Eu acho que função de uma TV Pública fazer adaptações históricas como a de Equador, a partir de livros importantes que considera ter mérito para isso.


TV Brasil: Você pensava em transformá-lo em audiovisual no momento da conclusão do livro?

Miguel:
Não pensava e nem deixava de pensar. Eu trabalhei muito tempo como jornalista, portanto tenho uma escrita visual. O que eu gostei foi justamente a parceria. Você vê que o que está no livro está na tela.


TV Brasil: Você acompanhou o processo de produção para garantir essa fidelidade?

Miguel:
Eu acompanhei a produção do roteiro. A minha opinião, algumas vezes, foi ouvida e outras não, pois isso é uma responsabilidade do roteirista mesmo.


TV Brasil: Você participa da minissérie?

Miguel:
Eu participo dos dois primeiros episódios. Eu tenho até algumas falas, eu fiz a cena da caçada com o Rei de Portugal.


TV Brasil: Mas você já tinha experiência como ator?

Miguel:
Não nunca tinha feito nada. É minha estreia também. Mas correu tudo bem e não precisei repetir cena nenhuma.


TV Brasil: Como a série se passa em três países, teve de viajar para escrever o livro?

Miguel:
O romance acontece em São Tomé e Príncipe, Portugal e Índia. Mas para a Índia eu não precisei viajar para escrever o livro, pois já tinha ido três vezes. Usei minha memória fotográfica.


TV Brasil: O livro trata de política, principalmente quando a história acontece em Portugal. E ainda mexe com a escravidão, um tema ainda polêmico nos dias de hoje em muitos países. A pesquisa tomou muito tempo?

Miguel:
Pesquisei muito tempo. Viajei para São Tomé, consegui muitos vídeos sobre o assunto. Em seguida, fiz uma pesquisa muito interessante em revistas e jornais da época. Você tem que pesquisar muitos detalhes. Por exemplo, a pauta de importação de São Tomé para saber o que as pessoas consumiam.


TV Brasil: É sempre muito intrigante envolver política e amor em romances e filmes. Como foi a repercussão de Equador em Portugal?

Miguel:
Foi muito boa, tanto da série como do livro. Equador foi o livro de autor português mais vendido até hoje em Portugal. Já está na casa dos 400 mil livros atualmente. No Brasil está na sua segunda edição.


TV Brasil: E seus projetos futuros?

Miguel:
Estou escrevendo um romance. Mas agora vou publicar um livro que é totalmente inesperado sobre culinária. O livro traz meditações sobre as tendências culinárias. É um pouco diferente dos tradicionais porque é mais literário. Cada receita tem uma história ou pensamentos. O nome é Cozinha de Amigos.





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Criado em 29/09/2011 - 19:35 e atualizado em 29/09/2011 - 19:35

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