O deputado federal Jean Wyllys do PSOL/RJ é o entrevistado do programa Espaço Público do dia 08/09. Entre os assuntos tratados estão: corrupção, a cobertura da mídia sobre este assunto, o discurso de ódio que envolve a política do país, financiamento de campanhas políticas, a composição do Congresso, direito das minorias, entre outros.
O deputado criticou o conservadorismo e o pouco espaço dado aos movimentos sociais no Congresso Nacional. "Reduziu-se o número de deputados ligados a sindicatos e organizações da sociedade civil, o número de deputados autodeclarados negros e a bancada feminina reduziu bastante da última legislatura para esta. (..) Essa legislatura é bastante conservadora e ela vai impedir a aprovação de projetos de leis que estendam a cidadania a grupos que hoje não tem legislatura plena".
Sobre o discurso de ódio que ronda a esfera política, Jean Wyllys declarou. "Linchamento, defender que os negros são preguiçosos, defender que os homossexuais querem privilégios e que as pessoas devem morrer... Não dá para defender discurso de ódio”.
Para o deputado, a corrupção no Brasil é uma questão cultural, mas que esta visão pode ser desconstruída. “Ninguém nasce corrupto, as pessoas se corrompem. Então se as pessoas começarem a agir no cotidiano delas como pessoas honestas, elas vão ter muito mais moral para cobrar honestidade dos representantes. Aliás, acho que a própria honestidade delas vai se refletir no representante que ela escolhe".
E completa: "Se a gente concentra num só escândalo de corrupção e busca associar esse escândalo de corrupção a um partido e a um governo, quem perde somos nós como um país”. “Se é para passar o país a limpo, é para passar o país a limpo mesmo".
O Espaço Público é apresentado pelo jornalista Paulo Moreira Leite. Participam também da entrevista os jornalistas Florestan Fernandes Jr. e Maria Carolina Marcello, da agência Reuters.
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