Qualquer lista que se faça no mundo gera discussão. Sempre haverá reclamações e alguém que se ache injustiçado. Não poderia ser diferente na indicação das cidades-sede da Copa de 2014 feita pela FIFA. E da mesma forma que surgem as críticas, com o anúncio vêm os argumentos que embasam a escolha. Mas um fato, no mínimo, reforça a tese de que a força política supera possíveis critérios de eliminação que a entidade maior do futebol poderia usar: se o estádio apresentado por São Paulo (o Morumbi) não reúne condições mínimas para sediar jogos da Copa, é sinal de que o projeto não foi aprovado. Nesse caso, então, por que foi incluído? Não seria mais lógico ter ficado de fora?
Pois é. Mas quem se atreveria a deixar de fora a cidade mais populosa e rica do país? Já imaginaram um anúncio em que São Paulo não estivesse entre as sedes da Copa. Eu também votaria por São Paulo, é evidente. Seria o cúmulo a cidade não estar nesse evento. Mas qualquer outra cidade que apresentasse um projeto com um estádio na mesma situação teria sido eliminada. Alguém duvida?
Não tenho muito o que falar das escolhidas. Fiquei pensando se fosse dez as indicadas, quem ficaria de fora. Natal, que pelos comentários eliminou Florianópolis, ao que parece seria uma delas. Mas e a outra? Se a FIFA sempre deixou claro que tinha interesse em promover a Copa na Amazônia e no Pantanal, Manaus e Cuiabá não correrem riscos. Da mesma forma, Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. As outras três sairiam de Curitiba, Recife, Salvador e Fortaleza. Eu apostaria em mais uma capital nordestina como eliminada. Pela proximidade entre elas a exemplo de Goiânia de Brasília, um grupo bem pode ficar dividido em duas cidades, recebendo seleções mas não realizando jogos.
Agora é mãos à obra. E muito dinheiro. Mas se pensarmos em benefícios para as cidades e populações, nenhum dinheiro é jogado fora. Fundamental é termos investimentos justos e consistentes, que dêem ao país um crescimento de qualidade em transporte, comunicações, segurança, infraestrutura em geral. E vamos torcer para que as escolhidas cumpram seus projetos e atinjam as determinações do caderno de encargos da FIFA para que não decepcionemos aqueles que acreditam em nós.
Para encerrar, claro, não podemos deixar de falar do domingo dos artilheiros. Fred e Keirrison quebraram um jejum incômodo. Adriano estreou com o pé direito e com a cabeça, fazendo o que se tornou no gol da vitória sobre o Atlético Paranaense. E Obina desencantou na temporada. E, de quebra, ainda garantiu o salário do Vanderlei Luxemburgo, no último dia do mês de maio. Isso é que é estrela!!
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