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Passinho pra frente, passinho pra trás

Os campeonatos do Rio e de São Paulo, sem dúvida, são os que mais chamam a atenção, nacionalmente. É evidente que o mineiro quer saber do duelo entre Cruzeiro, Atlético e o Tupi, assim como o gaúcho discute a eliminação do Grêmio e a classificação do Inter. Mas, em todo o país, cariocas e paulistas mobilizam torcedores, mais ainda nesta reta final em que ambos estão.

Curiosa a história desses dois campeonatos. Foram e serão distintas ao longo da disputa.

A começar pela forma de disputa. Enquanto os paulistas fizeram um turno único para definir os quatro semifinalistas, os cariocas optaram pelos dois turnos, meio malucos, com semifinais a cada cinco ou seis rodadas. No Rio o Flamengo já levantou uma taça, por exemplo.

Mas, durante os últimos meses, os paulistas viveram mais emoções. Até porque todos se enfrentaram nos diversos estádios daquele estado, sem vantagem para um ou outro. As alternâncias foram constantes nas primeiras posições e só na última rodada ficamos sabendo quem seriam os semifinalistas. No Rio, à exceção da decisão da Taça Guanabara, os demais jogos foram sem graça, a ponto de os grandes clubes se pouparem nos clássicos, usando times mistos. E todos os quatro já sabiam, há muito, que participariam da decisão.

Outra diferença é que, enquanto os pequenos do Rio param de jogar a partir de agora, em São Paulo os quatro melhores do interior ainda brigam por um título, o que os permite ter ainda visibilidade, receita, geração de emprego e motivação para as torcidas.

Mas chegamos à fase semifinal. E se no Rio Fluminense, Vasco, Flamengo e Botafogo garantem que teremos grandes confrontos, com resultados imprevisíveis e sem um favorito ao título, em São Paulo, Palmeiras e São Paulo fazem uma semifinal, mas a outra terá Ponte Preta e Guaratinguetá. A opinião é quase unânime: quem vencer o clássico da capital será o campeão, ou seja, a final foi antecipada.

Em cima disso tudo, qual campeonato terá sido melhor, após seu encerramento? O que motivou ao longo de toda a disputa ou o que promoveu grandes jogos nas finais?No aspecto técnico, o Campeonato Paulista foi mais justo, mas a disputa em turno e returno, a exemplo do Campeonato Brasileiro, seria ainda mais correta. Só que promover jogos finais, entre os quatro mais bem classificados, é o que há de melhor. E aí não importa quem sejam, mas quem chegar entre os quatro o terá feito por merecer.

Ou seja, a fórmula ideal, ao menos na minha opinião, mistura um pouco dos três: turno e returno, dentro e fora de casa, com semifinais entre os quatro primeiros. Isto é mais antigo que andar para frente, mas nossos dirigentes, tão modernos, preferem dar passos para trás.




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Criado em 07/04/2008 - 11:12 e atualizado em 07/04/2008 - 11:12

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