O machismo ainda é uma realidade presente em muitas áreas da sociedade, sobretudo no que concerne a atividades esportivas. O Estação Plural discute esse assunto com quem sente na pele diariamente: a jornalista esportiva Clara Albuquerque e a árbitra da FIFA Regildenia.
Clara relata que, na cobertura esportiva, as mulheres geralmente são restritas a determinados papéis, como a de repórter ou apresentadora. "A mulher que emite opinião, que é a dona da palavra, é um pouco mais complicado. A gente não vê o caminho aberto em relação a ser comentaristas", exemplifica a jornalista.
Em sua vivência de campo, a árbitra Regildenia também aponta o machismo e o preconceito existentes em relação a mulher, seja na arbitragem ou na comissão técnica."Por mais que tenhamos cada vez mais nos aperfeiçoado, nos preparado e ganhado mais espaço, mesmo assim ainda tem muita resistência", desabafa.
Leia também: Estação Plural celebra o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
As profissionais criticam também os privilégios de gênero. Segundo a jornalista Clara, as mulheres precisam provar sua capacidade a todo instante, tendo que batalhar mais que os homens para conquistar as mesmas posições. "Se exigem da gente tudo o que exigem dos homens, por que nossos benefícios não são os mesmos que os deles?", questiona Regildenia.
Para Clara, a resposta é simples: "A gente vive numa sociedade machista e isso não tem como fugir. Não tem como tirar o futebol da sociedade, ele é um reflexo dela", lamenta.
A jornalista e escritora Milly Lacombe também comenta o tema no Estação Plural desta sexta (1º/9), às 23h, na TV Brasil.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.