O que as companhias teatrais Bando de Teatro Olodum na Bahia e Cia dos Comuns no Rio de Janeiro têm em comum? As duas questionaram a falta do negro nos palcos e mudaram essa cena.
Hilton Cobra, idealizador da Cia dos Comuns e ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, é ativista da causa negra e usa os palcos para expressar suas ideias carregadas de lirismo e ação. Já Márcio Meirelles é diretor e dramaturgo, e carrega a condução artística do Bando de Teatro Olodum de Salvador, por onde já passaram diversos atores de destaque na cena contemporânea brasileira como Lazaro Ramos e Érico Brás.
Ambos artistas seguem como vanguardistas na discussão do racismo e trabalham este tema através de peças encenadas nos palcos brasileiros, buscando refletir sobre as diversas questões sociais que caracterizam a sociedade como um todo.
Para Marcio Meirelles é necessário um discurso do ponto de vista do cidadão negro: “É preciso questionar o porquê de tantos brancos no palco em um país de tantos negros. É preciso questionar porque a história é sempre contada pelo lado do personagem branco. A medida que você coloca as heranças africanas de uma forma positiva em cima do palco, você está fazendo revolução", completa Marcio Meirelles.
O Estúdio Móvel sobe no palco para conversar com estes dois ícones do teatro brasileiro e descobrir se a cena teatral está realmente aberta para todos.
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