O retrato do artista na era das redes sociais é também o retrato de um autor produtor, um criador que precisa gerir a sua carreira o tempo todo. Livres por um lado, menos estáveis por outro. Os artistas do início de século estão se reinventando, indo a luta.
Liliane Reis recebe Mariano Marovatto, compositor, cantor, poeta, escritor e também apresentador do programa Segue o Som, da TV Brasil. Está lançando o terceiro disco intitulado “Selvagem” com canções compostas por fragmentos de antigas cantigas brasileiras e portuguesas esquecidas.
Mariano explica que o seu trabalho se tornou viável quando foi alimentado por várias fontes. “Eu sou um artista que faz muitas coisas e uma coisa vai puxando a outra, estar na TV fazendo um programa sobre música me alimenta muito para fazer o meu disco. Tudo é uma conexão, uma rede. Acho que o jeito de pensar e produzir arte é em rede com as pessoas de forma independente”.
Na conexão, Robson Sanchez, ator e diretor de teatro, que depois de muitas peças e andanças com seu Shakespeare nas Praças, vai agora comandar a ocupação e a reabertura do Teatro Ziembinski, depois de uma ocupação elogiada por sua diversidade e qualidade artística no Glauce Rocha. Para Sanchez a paixão pelo o que se faz é o grande diferencial. “A dificuldade é inerente a qualquer profissão, não só a profissão, mas tudo o que a gente faz. Acredito que a saída é fazer tudo com amor. (...) Eu vejo as dificuldades como etapas em que é preciso encarar e acreditar que aquilo está ali para você encontrar o melhor jeito de contornar para poder fazer acontecer”
O Estúdio Móvel vai conhecer a história, a carreira e os sonhos destes dois artistas que, frente ao desafio de assumirem a gestão de espaços, arregaçaram as mangas e estão indo à luta para levar a arte para mais gente.
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