O violonista e compositor Yamandu Costa é um dos maiores fenômenos da música popular brasileira quando se trata de explorar as diversas possibilidades de um violão de sete cordas.
Filho de um casal de artistas, pai multi-instrumentista e mãe cantora, o menino Yamandu começou a tocar violão aos sete anos. Fez do gosto musical a sua forma de ver o mundo. “Música para mim é remédio, é forma de vida. As pessoas ainda entendem de uma maneira bastante superficial essa linguagem. Acho que se a música fizesse parte do dia-a-dia das pessoas, sem dúvida, os dias teriam mais sentido, mais profundidade”.
Em entrevista ao programa Impressões, da TV Brasil, o músico fala sobre a sua recente mudança para Europa. Ele está morando em Portugal, apesar da agenda lotada de shows no Brasil. “Eu tenho trabalhado cada vez mais por lá. E estou sentido que está no momento de ter essa experiência fora do meu país”.
Completamente conectado ao mundo digital, com canal em várias redes sociais, o músico gaúcho não para. Criou um aplicativo com partituras para os amantes do violão. A gente vai tentando se aproximar das pessoas”, confessa. “O lado bom que a internet nos promove é grande demais, uma quantidade de informação [enorme]”.
Por meio do ‘Histórias do violão’, série que ele criou no Youtube para mostrar a sua rotina, Yamandu aposta na revolução digital para garantir ao público um aprendizado que vá além da música. Argentina, Brasil, Colômbia, Tóquio, Rússia são apenas alguns dos lugares retratados. Para ele é importante “ter um material que aproxime as pessoas da sua vida, não [só] da sua parte artística”.
Com um virtuosismo sem limites, Yamandu também fala do lançamento recente do álbum ‘Vento Sul’, onde ele aparece cantando. “É a primeira vez que eu gravo cantando. É muito difícil. Esse negócio de cantar não é uma coisa fácil, não. É um registro, aí as pessoas num momento tão agressivo do mercado que a gente vive através dessas redes digitais não entendem muito bem como alguém pode lançar um produto que não tenha a intenção de ter um viés comercial.” E sem medo de rótulos, completa: “Eu acho que a gente pode fazer o que a gente quiser. Tem que ter verdade no coração”.
Aficionado pelo violão, Yamandu revela que tem mais de trinta instrumentos. Diz que escolheu o violão de sete cordas pela vasta amplitude sonora. “Tem uma frase de um maestro italiano que fala que somente a música é capaz de salvar um homem da enganação das palavras, eu acredito nisso”, conclui.
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