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Como combater as 'fake news'

Professor da USP descarta criminalização e censura como solução

A onda de 'fake news' que tem se disseminado pelas redes sociais no país, com uma intensidade cada vez maior, já mostra suas consequências na vida social e política. Para Pablo Ortellado, professor de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), é preciso empreender um debate público para conscientizar e alertar a sociedade a respeito desse problema.

Dicas para não cair em 'fakes news'

Para além dos sites "maliciosos" que promovem desinformação com propósito político, Ortellado chama atenção para a raiz do problema: a polarização da sociedade, que acaba por estimular a produção desses conteúdos falsos. "Se a gente não entende que o problema está em nós, na sociedade, que está muito apaixonada e perdendo o juízo, está aceitando informação de baixa qualidade porque é útil para o combate político. Se a gente não refletir sobre isso e não desarmar esse sentimento, a gente não vai resolver esse problema", avalia o professor.

E engana-se quem acha que são os jovens os que mais estão polarizados no debate político e os que mais embarcam nas famigeradas 'fake news'. "As pesquisas têm mostrado que quem está polarizado são as pessoas mais velhas, de 40/50/60 anos. São as mais escolarizadas, com curso superior e bom nível de renda", aponta Ortellado.

A resolução para o problema, segundo o especialista, não está na criminalização nem na censura das notícias enganosas, mas no debate público com reflexão e educação. "A gente precisa achar uma situação para o país sem destruir o adversário", argumenta.

O Mídia em Foco discute as 'fake news', confira o episódio completo aqui.

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Tags:  Fake News

Criado em 27/03/2018 - 12:20 Por Davi de Castro/TV Brasil

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