Neste mundo cada vez mais digital, imerso num turbilhão de informações, inclusive das perniciosas "fake news", a educação midiática e informacional faz-se mais que necessária. Isso para que os estudantes desenvolvam a habilidade de se relacionar criticamente com a mídia e saibam utilizar os instrumentos de comunicação digital. Essa é uma das preocupações discutidas pelo professor Ismar Soares, da ECA - USP, em sua passagem pelo Mídia em Foco.
O professor declara que o reconhecimento desta necessidade já está presente na área da Educação, seja com pesquisas, grupos de estudo, elaboração de manuais de auxílio a educadores para trabalhar com o letramento digital, entre outras. A Unesco, inclusive, é uma das fomentadoras dessa conscientização.
"Acontece que o sistema escolar ainda não descobriu a importância de trabalhar com esse conteúdo. As pessoas que trabalham com a chamada Mídia e Educação e escrevem textos e teses sobre isso constatam que os projetos, programas e currículos criados desconsideram essa prática", observa Ismar, que critica a negligência das faculdades de pedagogia a respeito do tema.
Para o professor, "há um divórcio entre o sistema educacional e o mundo da literacia midiática". Ele avalia que, na prática, as ações de alfabetização digital têm sido insuficientes e é necessário que as áreas pedagogicas se abram a um diálogo mais intenso com especialistas de outros campos de estudo, a fim de implementar essa educação midiática e informacional de forma regular, desde a educação infantil ao ensino médio.
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