Grandes Vozes da MPB

Suas vozes são assinaturas que garantem mercado e fama a qualquer compositor. Uma consagrou João Bosco e Aldir Blanc, com “Miss Sueter” , outra fez o mesmo com “Castigo”, de Dolores Duran. Nesta edição, o Musicograma homenageia a obra de duas grandes intérpretes da MPB: Ângela Maria e Marisa Gata Mansa

Entre os anos 30 e 50, período de formação e início das carreiras de Ângela Maria e de Marisa Gata Mansa, a MPB era movida pela paixão. Valsa, bolero, samba-canção, só para ficar nestes três gêneros musicais, ainda são lembrados como trilhas sonoras de encontros nos programas de auditório dos rádios; nos bailes dominicais e nas sessões vespertinas de cinema.

A paixão, mais que um sentimento, era um estilo de cantar que consagrou Francisco Alves, Vicente Celestino, Cauby Peixoto, Orlando Silva e as grandes vozes femininas, a partir da matriz Dalva de Oliveira. Sem disfarce nem pudor uma legião de fãs e de imitadoras de Dalva foi consagrada pela crítica e pelo público. É o caso de Ângela Maria, eleita várias vezes “Rainha do Rádio” e atriz em produções nacionais e internacionais.

Noutra época, mas com a mesma paixão, Marisa Gata Mansa viu a Bossa Nova nascer. Foi a intérprete preferida de Antônio Maria, gravou com João Gilberto muito antes que ele achasse o acorde perfeito da Bossa e teve em Dolores Duran o seu espelho e inspiração para a carreira.

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