Ao colocar no mesmo programa os sopros de Zeca do Trombone, de Zé da Velha e do caçula do grupo, Silvério Pontes, o Musicograma oferece ao público a oportunidade rara de audição de três estilos brasileiros.
Músicos de formações diversas, individualmente ou tocando em dupla, como Zé da Velha e Silvério Pontes, trazem à memória as primeiras lições aprendidas nas bandas do interior; das apresentações nos coretos das pracinhas; das primeiras lições de música quando, entre um dó-ré-mi e outro, aprendia-se que oficleide não é nome próprio nem tuba é palavrão. A esta formação afetiva e humorada eles acrescentaram o exercício técnico aprimorado nos estúdios e como músicos acompanhantes.
Quem assistir ao programa vai saber que Zeca, Zé e Silvério são “escultores do vento”, expressão criada por Carlos Malta, outro mestre dos sopros. Escultores do vento são tradicionais na MPB. A dinastia começa com Joaquim Callado, quando levou sua flauta de ébano para o Choro e a linhagem se manteve com Patápio Silva, Bonfiglio de Oliveira, Pixinguinha, Raul de Barros, Raul de Souza, Paulo Moura e inspira centenas de crianças que, país afora, tiram sons de pífanos ou de flautas doces.
Ouvir Zé da Velha, fiel mantenedor da tradição do Choro; seu “aluno” Silvério Pontes e o Zeca do Trombone com seu instrumento escolado nas gafieiras é mergulhar no virtuosismo e no humor da música instrumental brasileira com sotaque universalmente carioca.
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