A presença de Dona Elza, ao lado do marido Antônio Lopes, é marcante em todos os clubes por onde o técnico passou. E nesse segundo episódio da entrevista ao jornalista Sergio du Bocage, para a série “Os Setentões”, ela revela algumas curiosidades desses mais de 50 anos de relacionamento.
Entre elas, o fato de não ter preferência entre as duas profissões do marido, que antes de ser técnico de futebol era policial civil, tendo chegado à função de delegado. “Deu para ele conciliar muito bem”, conta orgulhosa. Ela lembra, com detalhes, da primeira demissão de Lopes, do Vasco, pelo fato de ser amigo de um dirigente de oposição à diretoria da época. Elza acha um absurdo esse tipo de interferência no trabalho, mas que não tinha muito o que fazer. No entanto, confessa, bem humorada, que em situações como aquela passava a torcer contra o time.
E por falar em times, a mulher de Antônio Lopes garante que, apesar da proximidade, jamais opinou em escalação. E que, no máximo, algumas vezes faz um comentário após os jogos, o que não é muito bem recebido pelo marido. Sobre relacionamentos com jogadores, com os quais conviveu, separa um espaço especial para o atacante Edmundo, que a chama de madrinha e tem grande consideração pelo casal. Dona Elza afirma que o “Animal” é um profissional sincero, que não esconde os sentimentos quando não gosta de algo.
A série “Os Setentôes” está em sua segunda temporada e o primeiro entrevistado foi o técnico Oswaldo de Oliveira. Na primeira, os personagens foram Carlos Alberto Parreira, Evaristo de Macêdo, Antônio Lopes, Joel Santana, Zé Mário, Gérson Nunes, Valdir Espinosa, Edu Coimbra, Antônio Carlos Mello e Washington Rodrigues.
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