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Educação e Mídia

Um debate sobre como a mídia pode mobilizar a população e os órgãos

Observatório da Imprensa

No AR em 11/07/2012 - 01:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

É um consenso nacional que a educação é um dos problemas mais sérios enfrentados pelo país. Como também é consenso que só com uma educação de qualidade pode-se avançar rumo a uma sociedade mais justa.

Mas, apesar disso, a mídia brasileira não dá ao tema o espaço necessário, nem cobra de nossas autoridades ações mais efetivas para a melhoria desse quadro. Um exemplo é a greve das universidades federais. Apesar de boa parte das instituições públicas de ensino superior estarem paralisadas, o assunto é tratado como um fato comum, corriqueiro.

O próximo Observatório da Imprensa vai levantar esta questão e debater como a mídia pode mobilizar a população e os órgãos governamentais para que este panorama seja modificado.

Participam do programa, junto com Alberto Dines, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF); e os jornalistas Muniz Sodré (prof. UFRJ) e Antônio Gois (O Globo).

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Um dos participantes do nosso primeiro programa, em maio de 1998, já se vão quase 15 anos, foi um leitor de Juiz de Fora, estudante de Física, Marcelo França, que escreveu uma carta no falecido Jornal do Brasil criticando a cobertura da imprensa sobre o desabamento do edifício Palace Dois, na Barra da Tijuca. A palavra interatividade ainda não fora inventada, nem o conceito de redes sociais, o programa queria apenas socializar o debate sobre o desempenho da imprensa.

A edição de hoje recorre novamente a um cidadão-telespectador que no dia 29 de junho escreveu à ouvidoria da Tv Brasil uma carta criticando a omissão da mídia diante da greve nas universidades federais e tratada como um "não movimento". Gilberto Ichiara, técnico administrativo da Universidade Federal do Tocantins, critica a mídia pela cobertura monocórdica. Todos repetem que "greve prejudica os alunos" levando a sociedade a acreditar que alunos não querem estudar e os trabalhadores não querem trabalhar.

Nossa imprensa opta pelo simplismo porque não tem profissionais treinados para encarar complexidades. Quantos jornais têm seções especializadas em Educação? Por que a mídia dá tanta atenção às dietas e celulite e quase nenhum espaço à formação de médicos?

A cobertura de Educação nunca é tratada como emergencial porque são poucos os jornalistas especializados e porque nas redações impera o dogma que "Educação não vende jornal, não dá Ibope". Não vende porque os pais de alunos não se interessam pelo futuro dos filhos ou porque os próprios veículos jornalísticos estão desinteressados no seu próprio futuro?

Este Observatório foi criado justamente para caminhar na direção oposta aos Ibopes. Para nós, Educação é uma questão prioritária. Queremos um país com mais Gilbertos Ichiara, gente para quem as manchetes, mesmo quando denunciadoras, atendem ao bem comum.

 

Dos Telespectadores:

E-mails:

Júlia Cunha
Boa noite, gostaria de saber dos entrevistados se, por ventura, a imprensa tivesse dado maior cobertura à greve dos professores e servidores das Universidades Federais, o rumo das negociações teria sido outro.

Alan George, Recife / PE
Olá produção do Observatório da Imprensa, boa noite. Sou recém-formado e pretendo seguir carreira acadêmica em universidades públicas nacionais. Nos últimos anos podemos observar uma evolução na valorização da educação desde 2002, particularmente nas Universidades Federais, que deixaram de ser sucateadas pela “privataria” tucana e passaram a receber mais atenção. Entretanto, ainda há uma grande preocupação com números e estatísticas em detrimento à qualidade de ensino, pesquisa e extensão, principalmente extensão, para tornar o conhecimento uma práxis popular, como diria o grande Paulo Freire. Gostaria de perguntar aos entrevistados o que eles acham dessa falta de articulação entre teoria e prática que, creio eu, é uma das maiores adversárias para uma maior democratização e valorização da educação.

Adriano Nunes Sá Brito – Técnico em Assuntos Educacionais
Prezado senador Cristovam Buarque, por que o seu Projeto de Lei que trata da possibilidade dos Técnico-Administrativos das IFES concorrerem a Reitor não sai do papel? Falam tanto dos Docentes, mas e os Técnico-Administrativos que tocam as Universidades Federais, como fica a valorização desta categoria?

Adão Lincon, Palmas / TO
Gastaremos 1 bilhão de reais na reforma do Maracanã e a mídia de forma insistente tem discutido a Copa. Por que não valorizamos a Educação da mesma forma? Por que a Educação não tem o mesmo espaço na mídia que a Copa? Será que não temos que reavaliar os nossos valores?

Luiza Curzio de Souza, Rio de Janeiro – Prof. Seeduc
Excelente tema de debate. Atualmente sou professora da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro e estudante da Universidade Federal Fluminense. Vejo a educação de dentro, seja a Educação Básica ou o Ensino Superior. Atualmente é muito difícil prender a atenção dos alunos em sala de aula. Como fazer com que os conteúdos escolares atraiam os alunos? Essa é a pergunta que me faço a cada preparação de aula; em especial porque o que agrada a um aluno não agrada a outro. Vivemos a Era da Informação porém os alunos não sabem chegar às informações. Eles ficam vidrados nos celulares, 24hs on line... ligados às redes sociais.

Fernanda Cornils, Brasília / DF
Como vocês avaliam o aumento dos cursos universitários à distância no Brasil? Vocês acham que a tecnologia desse modelo de educação visa auxiliar ou substituir o professor?

Luciana e Gláucio, Olinda / PE
Será que no processo de universalização do ensino público no Brasil a escola foi banalizada ou na verdade ela foi aumentada sem que a sua estrutura acompanhasse esse processo? Será que o processo de universalização não foi feito "nas coxas" sem que houvesse um projeto de Brasil que envolvesse amplos setores da sociedade?

Telefonemas:

Guilherme Salvato, Rio de Janeiro
Muniz Sodré, se um senador ganha R$14.900,00 e um professor, R$2.200,00, como o último pode progredir na carreira?

Roberto Barbosa, João Pessoa / PB
Gostaria que os participantes comentassem a proposta apoiada por Cristovam de que todos os filhos de políticos estudem em escolas públicas.

Kleber Vital, Olinda / PE
Qual a dificuldade em alinhar educação, política e imprensa para tornar o país mais consciente?

Mário Sérgio, Jabotão de Guararapes / PE
Cristovam, você acha que a solução da educação é colocar escolas municipais e estaduais em todas as cidades com uma mesma estrutura ou concorda com o Antônio Gois, que defende que o caminho é provocar os editores?

Mariano Paredes, Maceió / AL
Qualquer discussão sobre educação no Brasil que não envolva a maçonaria não vale de muita coisa, pois a maçonaria controla o Brasil.

Evânia Pereira, Pedra de Guaratiba / RJ
Não podemos nos esquecer de que também falta um pouco de comprometimento dos pais e professores, que jogam uns para os outros a responsabilidade de educar os jovens.xx

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 06/07/2012 - 15:43 e atualizado em 07/08/2013 - 20:13

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