Neste programa, Jorge Mautner, o antropólogo baiano Ordep Serra, o músico Nelson Jacobina e o escritor Eduardo Bueno falam da criatividade da estação brasileira da diáspora africana, e da construção de um governo compartilhado desde os primórdios entre escravos e senhores com batuques e chocalhos.
Nelson Jacobina fala do início da escravidão no Brasil, ainda com os índios.
Em Pelotas, D. Sirley, bisneta de escravos que trabalhavam nas charqueadas do sul, fala das técnicas e dificuldades que tinham em seu trabalho : “Eles fugiam para tocar. O Barão reprimia, mas passou a permitir quando viu que, depois que faziam a dança, trabalhavam melhor.”
Em Porto Alegre, Eduardo Bueno fala que a capital é uma das cidades do Brasil com mais terreiros, por causa das charqueadas.
Em Montevidéu, Elizabeth fala de sua história, da ascendência africana e que seus avós eram brasileiros. A mãe de santo Suzana fala que a linguagem da Umbanda é o português.
Em Piratini-RS, o quilombola S. Valdemar da Silva, conta da relação do dono da fazenda em que trabalhava com os tropeiros.
O Antropólogo Ordep Serra diz que o Brasil é uma estação da diáspora negra e de que os africanos nos civilizaram.
Jorge Mautner, por sua vez, fala da escravidão na região sul, da escrava Anastácia e da lenda do Negrinho do Pastoreio, como heranças brasileiras que saíram de lá.
Por fim, um taxista em Montevidéu nos leva ao bairro negro para mostrar o pouco das raízes africanas que ainda perseveram no Uruguai: o Candombe - prática dos negros, rituais onde os escravos chamavam seus ancestrais pedindo liberdade.
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