Nos últimos dias os nomes de duas boxeadoras, que competem nos Jogos de Paris, estiveram envolvidos em uma série de polêmicas. A argelina Imane Khelife e a taiwanesa Lin You-chin só puderam competir na olimpíada com a autorização do Comitê Olímpico Internacional. A Associação Internacional de Boxe, a princípio, não aprovou a participação das atletas e falou em “vantagens competitivas”. Por serem intersexo, as duas boxeadoras tiveram suas identidades de gênero questionadas e foram vítimas de várias fakenews. Especulava-se que eram homens ou mulheres transgênero e, por isso, competiam de forma desleal.
Mas a condição de intersexo é bem mais complexa e difere do que é esperado como masculino ou feminino. O ser humano tem 23 pares de cromossomos, estruturas dentro das células que guardam os genes de uma pessoa. Um dos pares é composto pelos cromossomos sexuais, sendo X feminino e Y masculino. Eles definem o sexo do indivíduo.
Mas, ainda na gestação, é possível que haja alterações genéticas. São os distúrbios de diferenciação sexual, condições que podem levar uma pessoa a ser intersexo. A ONU estima que pouco mais de 1% da população nasce com características intersexuais.
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