Por volta das 18h30, chegaram a Brasília, os restos mortais do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Eles seguem agora para o Instituto Nacional de Criminalística para perícia e para identificar a causa da morte e as circunstâncias do crime. O resultado dessa análise deve sair na próxima semana.
Foram dez dias de buscas, por Dom e Bruno, no Vale do Javari. Ontem (15), Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que está preso, confessou a participação na morte dos desaparecidos. Após a confissão, Amarildo foi escoltado por agentes de segurança para a reconstituição do crime. Ele mostrou onde ambos foram mortos e onde o barco das vítimas foi afundado e os corpos enterrados. No local foram feitas escavações, e remanescentes humanos foram encontrados. Segundo a Polícia Federal, as buscas continuam, no Amazonas, e a investigação está em andamento e em caráter sigiloso.Além de Amarildo, o irmão dele, Oseney da Costa Oliveira também está preso, suspeito de envolvimento.
O jornalista britânico, que já havia feito expedições na região, estava na Amazônia escrevendo um livro. Ele e Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai e que trabalhou na região, desapareceram no dia 5 de junho quando seguiam da comunidade São Rafael para o município de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas. A operação de buscas começou no dia seguinte, por terra, pelo rio e pelo ar, com a integração de forças federais, estaduais e apoio dos indígenas que vivem na região.
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