A televisão brasileira já é vista na África há algum tempo. Globo, Record e mais recentemente a TV Brasil estão lá através dos seus canais internacionais. Novelas e telejornais têm boa audiência. Mas no sentido inverso a África não tem muito espaço na TV brasileira.
O VerTV conversa sobre o Brasil na África e a África no Brasil através da TV. Lalo Leal debate o assunto com os convidados:
- Leila Maria Hernandez, professora de História da África da USP
- Aline Midlej, repórter da TV Bandeirantes e da série Nova África da TV Brasil
- Mauricio Wladman, antropópologo do Centro de Estudos Africanos da USP
Exibir a miséria, a pobreza, a fome é resumir 54 países a um estereótipo, retrato da dominação colonial que perdurou por séculos. As grandes empresas jornalísticas dificilmente mantém um correspondente na África. Em ocasiões especiais, a cobertura se intensifica, como no caso das revoltas que depuseram os governos do Egito e da Líbia. Na época da última Copa do Mundo, muitos brasileiros descobriram a África do Sul. Viram pela TV um país moderno, capaz de erguer grandes estádios para o espetáculo futebolístico.
Fora isso, quando a África tem espaço na nossa televisão? Muito pouco. Exceção é a série de documentários Nova África, que a cada edição apresenta um país diferente.
Em outros canais, não há muito espaço para ir além. O que se encontra são vídeos sobre a vida selvagem, que reforçam a ideia de que a África é uma grande savana, habitat de várias espécies de animais. No entanto, a TV não nos informa, por exemplo, sobre Angola e o seus elevados índices de crescimento econômico.
Nos países africanos de língua portuguesa, as novelas e até o Campeonato Brasileiro de Futebol fazem muito sucesso. Porém, o caminho inverso ainda não foi feito. A cultura e a diversidade do continente são vistas, quando muito, como curiosidades exóticas por aqui.
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