O 3 a 1 desta quarta (31), às 22h, faz uma análise sobre as raízes da corrupção no Brasil, desde a colonização até os dias de hoje. Especialistas convidados debatem o fato de o país continuar sendo referência em escândalos e denúncias envolvendo políticos, empresários e juízes, mesmo não sendo o primeiro da lista.
Para falar sobre o assunto, o programa recebe a antropóloga Lia Zanotta, o cientista político Ricardo Caldas e a diretora do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, Jovita Rosa.
Segundo avaliação de Ricardo Caldas, as pessoas que estão no poder se apropriam do que é público. "Não temos uma ética do trabalho e isso gera, de certa forma, práticas de corrupção", diz. Para o cientista político,"apesar de existir países mais corruptos do que o Brasil, o sistema político como este não tem mais salvação".
Na opinião de Lia Zanotta "assim como existe uma cultura de tolerância, há também uma cultura contra a corrupção". "Há corrupção em toda a hierarquia, mas é evidente que ela é patrocinada pela elite", completa.
Em relação à participação da elite, a diretora do MCCE entende que "essa elite acha que está acima do bem e do mau". Para ela, "o profissional hoje entra na corrupção e não é punido no seu próprio conselho. E as penalidades têm que existir, inclusive, nos partidos".
A apresentação do programa 3 a 1 é do jornalista Luiz Carlos Azedo.
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