O tema do 3 a 1 desta quarta (4) é a morte de Osama Bin Laden. O programa vai falar sobre a legalidade da execução do terrorista, os reflexos do fato na imagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; e o impacto internacional e as futuras ações de combate ao terrorismo.
Participam da conversa, o professor de Relações Internacionais, José Romero Pereira Júnior, da Universidade Católica de Brasília; a consultora legislativa do Senado Federal, Clarita Costa Maia; e o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UNB), Carlos Eduardo Vidigal. O programa é apresentado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo.
Assuntos e comentários dos entrevistados:
Professor José Romero Pereira Júnior
- "O que existe entre EUA e Paquistão é mais uma relação de conveniência do que de confiança."
- "A questão principal é que, se analisamos pelo direito internacional, por pior que tenha sido as ações daquela pessoa, todos merecem julgamento."
- "Ainda é cedo para afirmarmos o impacto deste acontecimento para o mundo."
- "A morte do Bin Laden tem um impacto muito grande na imagem do presidente Obama. Mas não elimina a existência do terrorismo e a presença do Al Qaeda nos países árabes."
- "De onde os governos tiram sua legitimidade para agir? No caso dos EUA, essa legitimidade vem do apoio da população americana. O interesse nacional é a fonte da legitimidade que o presidente Obama utilizou."
Clarita Costa Maia
- "Se houve uma ordem de execução, poderia dizer-se que houve ilegalidade, porque Bin Laden não foi levado a julgamento."
- "Os EUA poderiam alegar que a morte de Bin Laden era necessária no combate ao terrorismo. E esse argumento não seria irrazoável."
- "O discurso de Obama foi claro e desarmou os democratas que diziam que ele não era americano. Mas houve um ponto interessante no discurso que foi a resolução da ONU que diz que todos os talibãs devem ser afastados dos governos. Assim, entrar no Paquistão e matar Bin Laden seria um fato resguardado por essa resolução."
- "Para a comunidade internacional foi o final do 11 de Setembro que ainda era um fato que estava em aberto."
Professor Carlos Eduardo Vidigal
- "Este acontecimento é, sem dúvida, muito relevante para os americanos e sua política internacional. Mas se olharmos os conflitos árabes, essa ação é praticamente nula."
- "Há uma causa nessas ações terroristas que é a presença dos EUA nos países árabes. E esse é um tema pouco abordado."
- "A questão da Al Qaeda é pouco conhecida. Por isso, se ocorrerá enfraquecimento ou se será o fim das ações, só os acontecimentos posteriores a essa ação é que poderão dizer."
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