A violência hoje atinge a vida de milhares de brasileiros. Como mostra o Datasus, órgão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, em 20 anos, o número de assassinatos aumentou 237%. A preocupação cresce ainda mais quando dados mostram que a juventude é hoje a principal vítima dessa violência. A cada 100 mil homicídios, 52,9% correspondem a jovens na faixa etária entre 15 e 24 anos. O 3 a 1 desta quarta (16), às 22h, vai mostrar um panorama geral dessa situação.
Segundo o mapa feito pelo Instituto Sangari, os estados que tinham os menores índices de homicídio no início da década, como Alagoas e Bahia, tiveram seus números mais que quadruplicados. Já estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Roraima conseguiram diminuir seus valores absolutos.
A legitimação da violência tem se tornado evidente. Entretanto, programas federais, estaduais e municipais têm tentado reverter essa situação. Um exemplo disso foi a criação das Unidades da Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro, um sistema de policiamento comunitário com o objetivo de combater o tráfico e o crime organizado. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, criadora do projeto, 55 comunidades já foram atendidas. Dados do Instituto de Pesquisa Social mostram que 92% dos moradores de comunidades com UPPs aprovam o sistema.
Participam da entrevista: o coronel Lima Castro, relações públicas da PM-RJ; Marcelo Freixo, deputado estadual do PSOL; e Marcos Bretas, professor da UFRJ. A apresentação é de Luiz Carlos Azedo.
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