Em entrevista ao programa 3 a 1, que será exibido hoje (quarta-feira) na TV Brasil, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirma que a composição do futuro ministério da presidente eleita Dilma Rousseff obedecerá a indicação partidária e a competência técnica."Este não é um governo do PT, é um governo plural", analisa, para acrescentar que o presidente Lula não será "uma sombra" nem vai interferir no próximo governo. Para Dutra, a liderança da oposição será exercida pelos eleitos para o Congresso, lembrando que a presença no Senado do mineiro Aécio Neves vai contribuir para o diálogo político. O dirigente petista mandou também um recado para a oposição: "Está na hora de construir um novo tipo de oposição que não seja um clima de Fla Flu, ou seja, atacar por atacar."
Participam da entrevista os jornalistas Tereza Cruvinel, da TV Brasil; e Tales Farias, do Portal IG. O 3 a 1 é apresentado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo
Leia trechos da entrevista que vai ao ar às 22 horas na TV Brasil:
Sobre a conversa dele com o vice-presidente eleito, deputado Michel Temer, ontem à noite:
"A conversa de ontem à noite com o PMDB foi apenas uma primeira conversa com o presidente do PMDB, Michel Temer. Nossa intenção é fazer um protocolo estabelecendo que cada partido ficará com um biênio ( Mesa da Câmara) sem dizer que partido começa primeiro. Mas essa questão de quem será o primeiro
não cabe a nós dois porque diz respeito aos deputados."
Sobre a composição dos ministérios por partido:
"A partir do momento que a pessoa é indicada para uma pasta, acaba a relação com o partido e começa uma relação da pessoa com a presidenta."
"O critério para escolha dos ministros é indicação partidária e competência técnica. Não há uma regra geral. A presidenta vai analisar e decidir quem fica e quem entra."
"Esse não é um governo do PT. É um governo plural."
Maior desafio do governo:
"A presidenta tem dito que a sua meta é erradicar a pobreza do Brasil. Isso é possível. O governo Lula começou, mas ainda há muito que fazer. Esse é o maior desafio."
Presidente Lula:
"É claro que o Lula não vai ser uma sombra para o governo. Ele não vai interferir. Mas ele tem experiência e é um líder brasileiro e mundial. Então, como a presidenta Dilma disse logo após a sua eleição, sempre que ela precisar vai recorrer a ele."
Congresso:
"A presença no Senado de pessoas como o Aécio Neves só contribui para o diálogo político."
"A liderança da oposição naturalmente será exercida por quem está no Congresso."
"Está na hora de construir um novo tipo de oposição que não seja um clima de Fla Flu, ou seja, atacar por atacar."
Transição de governos:
"Essa transição de agora tem um caráter técnico. Nesse grupo de transição não há nenhum embrião de poder para o futuro governo."
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