Quarta-feira, 16 de dezembro de 2015 (madrugada de quarta para quinta-feira), à meia-noite
Considerado um dos melhores estudos sobre o Nazismo, o filme "Arquitetura da Destruição" lembra que chamar Adolf Hitler de artista medíocre não elimina os estragos causados por sua estratégia de conquista universal.
O arquiteto da destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O princípio fundamental do nazismo era embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
O documentário traça um panorama sobre a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista. Ele produziu várias gravuras que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
A produção sueca de 1989 destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e, na verdade, representavam as deformações genéticas existentes na sociedade.
O regime, em oposição, defendia o ideal de beleza como sinonimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo. Era um discurso biológico condizente com as concepções estéticas de uma raça ariana.
Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estava disposta a erradicar os males que pudessem afetar essa obra.
Dirigido pelo cineasta sueco Peter Cohen, o filme resgata dados desde os tempos em que Adolf Hitler, filho de um oficial da alfândega, vivia em uma aldeia austríaca. A produção explica que o insucessos na vida artística – ele sonhava ser pintor ou arquiteto – acabou levando-o à vida política. Reprise. 119 min.
Título original: Undergångens arkitektur. País de origem: Suécia. Ano: 1989. Gênero: documentário. Direção: Peter Cohen.
Classificação Indicativa: 12 anos
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