Segundo filme do diretor Achero Mañas, Noviembre conta a história de um grupo de teatro de rua independente, liderado por Alfredo, um ator idealista. Mistura depoimentos do grupo e recriações de cenas do surgimento do grupo, suas manifestações nas ruas e a criação das regras do manifesto, entre elas a que determina que, para ser aceito no grupo, o ator não poderia ter feito nenhum trabalho na televisão.
Levado por um espírito idealista, Alfredo chega a Madri com a intenção de criar uma arte mais livre, que saia diretamente do coração, capaz de fazer as pessoas se sentirem vivas. Seu conceito de teatro vai além do cenário, é realizado na rua, cara a cara com o público. Ao ar livre, em qualquer lugar da cidade, em um parque ou na rua mais comercial da cidade, Alfredo e sua companhia Noviembre começam o espetáculo.
As intervenções vão de diabos que provocam os passantes, denúncia social, situações extremas, até atentados terroristas simulados. Não há limites, nem censura, apenas ideias e todas são válidas, fazendo com que o espectador deixe de ser espectador e passe a formar parte da representação, se surpreenda, se assuste, ria ou chore. O teatro como a vida, a vida como o teatro, sem nenhuma diferença.
O filme recebeu os prêmios: melhor público, na Bienal de cinema espanhol de Annecy; prêmio da crítica, no Festival Internacional de Toronto; prêmio da juventude, no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián; melhor ator e melhor ator revelação, no Cinema Espanhol de Toulouse. Inédito. 104 min.
País: Espanha. Ano: 2003. Gênero: Drama. Direção: Achero Mañas, com Oscar Jaenada, Ingrid Rubio, Juan Díaz, Paloma Lorena, Adriana Domínguez, Javier Ríos, Nuria Gago, Juanma Rodriguez, Jordi Padrosa, Amparo Baró, Fernando Conde.
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