O Conhecendo Museus desta semana vai até a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, em São Paulo, para conhecer de perto o requinte da coleção particular dessa carioca filha de lituanos, que deixou um legado cultural ao país. Em seu acervo encontram-se peças que colecionou durante toda a vida, por isso a diversidade é o ponto forte de toda a coleção.São cerca de 1500 peças dos mais diversos períodos e técnicas adquiridas ao longo de mais de quatro décadas. Os trabalhos de catalogação do acervo foram iniciados em 1997, três anos após o falecimento de Ema Klabin. Para divulgar o seu acervo, além da visitação pública, a Fundação tem cedido obras para inúmeras exposições no Brasil e na Europa. Entre a coleção estão mobiliário, prataria, arte africana, europeia, brasileira, oriental, antiguidade clássica, fotografias e outros.
Oficialmente registrada em 1978, a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin objetiva a promoção e divulgação de atividades de caráter cultural, artístico e científico, além da transformação da residência de Ema Gordon Klabin em museu aberto à visitação pública.
Sobre Ema Gordon Klabin (1907-1994). Foi empresária, mecenas e colecionadora brasileira. Seu pai foi um dos fundadores da indústria de celulose e papelão Klabin. Ema morou em São Paulo e foi educada na Europa, tornando-se admiradora das artes plásticas, óperae música. Demonstrou desde cedo apreço pelo colecionismo, adquirindo serviços de porcelana e prataria, tapetes e objetos de arte oriental.
Após alguns anos, passou a se dedicar à atividade empresarial e às atividades filantrópicas e culturais de São Paulo. De forma semelhante ao que fazia sua irmã Eva, radicada no Rio de Janeiro desde 1933, dedicou-se também a ampliar sua coleção de arte, principalmente com aquisições feitas em suas frequentes viagens à Europa e aos Estados Unidos.
Pensando na continuidade desse trabalho, em 1948, Ema fez um estudo arquitetônico para a construção de uma residência com o objetivo de guardar sua crescente coleção. O projeto escolhido foi o de estilo eclético do engenheiro-arquiteto Alfredo Ernesto Becker, autor de diversas residências no bairro Jardim Europa.A casa não possui um estilo definido, como era comum nas outras residências da época, unindo elementos clássicos, como os arcos plenos nas portas e janelas externas, com elementos modernos, notadamente nos materiais de acabamento utilizados. A decoração ficou a cargo de Terri Della Stuffa, também responsável pela distribuição e adaptação das peças pelos ambientes da casa.
Então, nasce a partir daí a ideia de uma instituição destinada a preservar seu acervo e tornar sua casa um museu aberto à visitação pública. A Fundação Cultural Ema Gordon Klabin abriu suas portas ao público em 2007 e recebe milhares de visitantes anualmente, com intensa programação cultural.
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